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Religiões e seitas que alteram a Bíblia

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Mudanças por falhas humanas normais ou propositais

As alterações da Bíblia têm acontecido ora por falhas humanas normais, ora propositalmente. Mas estas propositais foram feitas com a melhor das intenções: correção dos polêmicos erros encontrados.

Também há as interpretações figuradas, forçadas e polêmicas da Bíblia feitas por padres e pastores, adaptando-as às suas respectivas teologias.

E, sem querer atacar os líderes religiosos cristãos, eles, por serem seres humanos ainda imperfeitos como a maioria de todos nós, ficavam com ciúme dos médiuns (pneumáticos, como eram chamados no início do cristianismo), pois, às vezes, estes eram mais valorizados e mais procurados do que aqueles. Isso e o erro de os médiuns serem tidos como feiticeiros influíram para que eles, principalmente as mulheres, morressem nas fogueiras da Inquisição da Idade Média. Santa Joana D’Arc é um exemplo disso.

Os tradutores espíritas não mudam nada da Bíblia, pois, a doutrina dos espíritos está de pleno acordo com os textos das cópias mais antigas dela. Eles apenas criticam as alterações das traduções, principalmente as dos novos tradutores, como, às vezes, até eu mesmo tenho feito.

Quando Kardec escreveu o seu famoso livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, ele se baseou no Novo Testamento traduzido para o francês pela Editora Sacy, muito respeitada, na sua época, usando seu texto “ipsis litteris”, sem o modificar em nada. Falamos isso com experiência, pois traduzimos, também, além desse famoso livro dele, o não menos famoso “O Livro dos Espíritos”, traduções essas que, graças a Deus, têm agradado muito ao grande público culto leitor de Kardec.

Dado o espaço limitado desta coluna, entre vários exemplos de alterações de traduções bíblicas, vou citar apenas um, porém, muito conhecido mesmo por quem lê pouco a Bíblia. É de João 3: 3, onde Jesus diz que é necessário nascer “de novo” (“anothen” em grego). Há cerca de 2.000 anos, esse conhecido advérbio grego foi traduzido, sempre assim por “de novo”.

Mas porque ele lembra a reencarnação, e é muita gente que crê nela hoje, ele está sendo traduzido, atualmente, por “do alto”. É muito estranho…

Moisés (não Deus) proibiu o contato com os espíritos dos mortos (Deuteronômio 18). Isso foi necessário, pois era grande a ignorância sobre a mediunidade, sem a qual nem há esse contato. Mas, se Moisés proibiu esse contato com os espíritos, é porque ele existe mesmo, pois, ele não era doido de proibir uma coisa que não existe…

 

José Reis Chaves

Artigo publicano no jornal O Tempo em 26/07/2021

Com este colunista: “Presença Espírita na Bíblia, na TV Mundo Maior”,e sua tradução do Novo Testamento completo, Ed.Chico Xavier, (31) 3635-2585 Cássia e Cleia. contato@editorachicoxavier.com.br

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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