“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jesus, em João 8,32)
Acreditamos que a maioria dos defensores da “revelação da revelação” publicada por Jean-Baptiste Roustaing (1805-1879), com o título de Os Quatro Evangelhos, têm como base uma análise superficial do teor dela, pois quem a lê, ainda que não de forma muito profunda, vai claramente perceber que jamais se poderá dizer que ela “completa” a revelação espírita contida nas obras da Codificação Espírita divulgadas por Allan Kardec (1804-1869).
Aliado a isso, também vemos neles uma destacada ignorância quanto ao conhecimento dos textos bíblicos apoiado nas informações da crítica textual, que deixa a descoberto as crenças e os acréscimos nas narrativas dos Evangelhos, que, hoje, já não são mais considerados como “originais”, mas “cópias de cópias, de cópias…”.
Ao que parece, os Espíritos signatários da tal “revelação da revelação” não têm o menor conhecimento disso, e continuam a defender teses eminentemente de viés católico, como por exemplo, a virgindade de Maria, o nascimento sobrenatural de Jesus e as várias passagens que dizem que alguma coisa ocorreu para cumprir determinada profecia. Além de tudo isso, ainda defendem a Igreja Católica como sendo a única igreja de Cristo.