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Segredos da supermemória

Em sua Edição de 14.05.2006, o Fantástico, programa da TV Globo aos domingos, passou uma reportagem intitulada “Segredos da supermemória”, cujo teor transcrevemos:

Alguns teóricos mostram que existe um espírito – uma outra coisa, de uma outra encarnação – que se apropria do sujeito, e ele consegue, então, ouvir e tocar. Mas é uma explicação que a ciência não aceita”, comenta o professor Fernandes.

“Com a emissão de pulsões magnéticas, eles conseguem paralisar grandes áreas do cérebro, poupando algumas, e, por algum tempo – um tempo muito curto – essas pessoas desenvolvem habilidades especiais. Passado o efeito dessas emissões, a pessoa volta ao que era antes”, afirma Estevão Vadasz, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Derek é um enigma, porque muitas vezes ele não sabe o que é esquerda ou direita, mas é capaz de se sentar e tocar piano sem fazer qualquer esforço”, diz a especialista em psicologia da educação.

“Derek, você poderia me mostrar a sua mão direita?”, pede a psicóloga.

Ele levanta a mão esquerda, certo da resposta.

O ouvido absoluto só pode estar ligado à hereditariedade. Ouvir uma música, inclusive muito complexa, uma única vez e conseguir reproduzi-la é fascinante. Nas escolas de música, tentamos fazer com que o treino do ouvido chegue a isso”, declara José Nunes Fernandes, professor de psicologia da música da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

“Derek nasceu com menos de um quilo. Teve morte clínica por duas ou três vezes”, lembra o pai, Nick Paravicini. “Parece ter perdido parte das funções cerebrais. Não conseguia aprender como as outras crianças”.

“Diziam que Derek era um grande papagaio, capaz de reproduzir o que ouvia”, lembra doutor Ockelford. Mas ele provou que as pessoas estavam erradas. Derek mostrou que também dá um show na hora do improviso!

Se eu estivesse precisando de um pianista, ele seria uma grande opção. Mas, infelizmente, a minha banda já tem um”, afirma o músico Jules Holland.

A perda de uma função comum à maioria de nós parece ser compensada pelo cérebro. Daí – supõe-se – surge um talento raríssimo, como o de Derek.

Mas esta é apenas uma hipótese à deriva num mar de incertezas. Talvez, a ciência precise de séculos para entender o que se passa nessa genial mente humana.

Aos nove anos, o menino cego e autista teve sua estreia como concertista anunciada pela TV. O pequeno Derek empolgou o público tocando jazz com uma orquestra filarmônica.

Cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, tentam demonstrar que tudo se trata de uma questão física. Nosso cérebro tem habilidades não desenvolvidas que vão muito além do que se imagina. Casos como este provam que o cérebro humano é capaz de proezas inacreditáveis. Falta descobrir qual é o mecanismo que faz esses talentos se manifestarem. A ciência conseguirá fabricar os gênios em laboratório?

Mas, aos três anos de idade, o menino começou a demonstrar uma incrível habilidade musical. Naquela época, o doutor Adam Ockelford se interessou em estudar o misterioso talento de Derek. O médico diz que havia ali algo obviamente muito especial. Depois de ouvir uma música pela primeira vez,

Derek era capaz de repetir a melodia.

O responsável por essa pesquisa é o doutor Allan Snyder, professor de ciências da mente. Ele está convencido de que cada um de nós é capaz de desenvolver essas habilidades surpreendentes. “Por enquanto, o que se sabe é que boa parte dos autistas aparentemente geniais tem danos em diferentes áreas do cérebro. Uma dessas áreas fica no chamado lobo temporal esquerdo e é ligada à fala”.

Quase não existem relatos na história de gente com essa combinação de talentos. Além da supermemória, Derek é capaz de ouvir qualquer nota musical, identificar e reproduzir. Essa é uma habilidade conhecida como “ouvido absoluto”.

Se alguém dissesse que o músico Derek Paravicini nasceu cego, com graves limitações mentais e, ainda hoje, mal sabe a diferença entre a mão esquerda e a direita, você acreditaria?

(http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1196263-4005,00.html).

Como as pessoas ainda não acordaram para uma realidade que fica evidente, caso resolvam abdicar do excesso de materialismo.

A opinião do professor Fernandes é do tipo daquele ditado que diz “ouviu o galo cantar e não se sabe onde”, pois o que ele disse não tem sentido algum. Na verdade, as hipóteses prováveis, para o caso citado na reportagem, seriam duas: ou Derek agia por influência de um espírito, que é quem detém as habilidades ou supermemória conforme chamado na reportagem, ou tais coisas proviam de seu próprio espírito, que em vidas passadas se especializou em música, num grau pouco visto, mas que por estarem gravadas em seu próprio espírito ele, Derek, por “intuição” produz tais coisas.

A possibilidade de uma área de cérebro passar a funcionar com mais intensidade devido a um trauma numa outra área, é pura especulação de quem só acredita no ser humano com um monte de matéria que pensa, em detrimento do seu espírito. Dessa mesma forma também pensam os que buscam na hereditariedade explicações para determinadas aptidões.

Até quando irão perdurar a ideia de que a matéria age por si mesma, sem atentar para o comando que recebe do espírito que lha habita? Seria mesma coisa que ver um computador e dizer que ele pensa porque obedece aos comandos. Será que pensam que o corpo físico é como uma pilha, cuja morte é explicada pelo esgotamento de sua energia? Mas se assim for, como explicar os milhares casos relatados de pessoas que passaram pela experiência de quase morte, que falam de coisas que aconteceram quando estavam clinicamente mortas. Isso vem comprovar a existência de um agente que “dirige” o corpo, o qual nós denominamos de espírito.

Outras experiências que acontecem em nosso dia-a-dia nos levam à existência do espírito, entre as quais, citamos as viagens astrais, com sua variação de nomes: projeção da consciência, desdobramento, etc.

Segundo a assertiva de que ninguém é capaz de fazer algo que não tenha aprendido então a explicação para o caso de Derek é bem mais simples do que as engenhosas explicações materialistas, pois se trata apenas de um espírito reencarnado num corpo que, embora lhe ofereça algum tipo de limitação, não impediu que o espírito que nele habita viesse a colocar para fora o seu conhecimento adquirido ao longo de sua existência.

Acreditamos que o plano espiritual faz de tudo para despertar o homem quanto à realidade do espírito, que apesar de ter uma só vida, passa momentaneamente, por diversos períodos, cingido a um corpo físico, caminho pelo qual atinge a sua perfeição. Não seria esse o caso de Derek, que mesmo cego e deficiente mental, conseguiu produzir algo que hipoteticamente é inconcebível a quem tem uma limitação física dessa natureza?

Pense nisso!

Mai/2006.

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Paulo Neto
É palestrante e articulista da Mídia Escrita Espírita e não Espírita, com vários artigos publicados em um grande número de jornais e revistas, muitos dos quais poderão ser encontrados na Internet e principalmente neste site.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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