Essa frase é a célebre resposta dita por Abraão ao rico que lhe pedia para enviar Lázaro, o espírito que, com dignidade, suportou até o fim sua vida de miséria, a fim de advertir a seus irmãos, que ainda se encontravam vivos, sobre seus atos de forma a evitar-lhes o mesmo destino que ele teve depois da morte. Evidente é aqui a possibilidade, admitida no texto bíblico, da comunicação entre os dois planos da vida; mas a questão é: será que isso pode ocorrer?
Sempre nos apresentam como um argumento contrário à realidade da comunicação com os mortos o seguinte: “ninguém nunca comprovou esses contatos usando senhas ou sinais combinados anteriormente quando a pessoa estava viva”. Acreditamos que muitos conseguem realizar tal empreendimento; entretanto, por falta de registros, tudo fica perdido, induzindo a essa falsa ideia de que isso não ocorre.
John Edward, médium norte-americano é o autor do livro Fazendo Contato (São Paulo: Prestígio, 2005). Estávamos lendo esse livro, quando nos ocorreu o pensamento de que, por mais que muitos não queiram, a verdade da comunicação com os chamados “mortos” é um fato incontestável. Sabemos de pretensos parapsicólogos que, teatralmente, dizem defender a ciência, quando, na verdade, acastelam-se nos dogmas de sua igreja. Esses parapsicólogos “da carochinha” alardeiam que toda e qualquer mensagem recebida pelos médiuns é produto do próprio inconsciente deles mesmos, quando não o é de algum dos presentes. Entrementes, nunca apresentaram qualquer prova científica disso, apesar de a exigirem de nós, evidenciando a incoerência em que se apoiam para sustentar suas ideias.
Vamos ver fatos ocorridos com John Edward que nos remetem à realidade do fenômeno como sendo mesmo produto do inconsciente, mas de um inconsciente que agora vive na dimensão espiritual, por ter deixado, aos vermes, sua carcaça física.