Teodora e as 500 Prostitutas

“Não espalhe boatos, nem levante falso testemunho contra a vida do seu próximo.” (Levítico 19,16

Resumo: O texto analisa alegações de que a Imperatriz Teodora do Império Bizantino ordenou a morte de 500 prostitutas, investigando a veracidade dessa história através de diversas fontes históricas e literárias. A análise questiona a confiabilidade de Procópio, principal fonte dessa narrativa, apontando inconsistências e interpretações divergentes. O autor conclui que a evidência para apoiar a alegação de assassinato é fraca, sugerindo que Teodora possivelmente as confinou em um convento. A pesquisa destaca a dificuldade de estabelecer a verdade histórica a partir de fontes potencialmente tendenciosas ou imprecisas, e a importância de uma análise crítica das informações. A discussão estende-se à questão da propagação de boatos e da necessidade de cautela ao lidar com informações de fontes não-verificadas.

Palavras-chave: Imperatriz Teodora, 500 prostitutas, Procópio, veracidade histórica, análise crítica.

Abstract: This paper analyzes allegations that Empress Theodora of the Byzantine Empire ordered the murder of 500 prostitutes, investigating the veracity of this story through various historical and literary sources. The analysis questions the reliability of Procopius, the main source of this narrative, pointing out inconsistencies and divergent interpretations. The author concludes that the evidence to support the murder claim is weak, suggesting that Theodora possibly confined them to a convent. The research highlights the difficulty of establishing historical truth from potentially biased or inaccurate sources, and the importance of a critical analysis of the information. The discussion extends to the issue of the spread of rumors and the need for caution when dealing with information from unverified sources.

Keywords: Empress Theodora, 500 prostitutes, Procopius, historical veracity, critical analysis.

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Paulo Neto
É palestrante e articulista da Mídia Escrita Espírita e não Espírita, com vários artigos publicados em um grande número de jornais e revistas, muitos dos quais poderão ser encontrados na Internet e principalmente neste site.

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Uma resposta

  1. Se levarmos em conta que o livro de Holger Kersten é considerado uma obra de história revisionista, e não é levado a sério por praticamente nenhum historiador, fica ainda mais difícil de se sustentar a narrativa das quinhentas prostitutas.

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