Os dogmas da divindade de Jesus e da Santíssima Trindade nunca foram definitivamente resolvidos. Eles surgiram nos concílios de Nicéia (325), Constantinopla (381), Éfeso (431) e Calcedônia (451). Jesus não é um Deus absoluto, mas relativo como nós (Salmo 82,6 e João 10,34).
Ele ensinou que nós deveríamos amar uns aos outros como Ele nos amou. Ora, se Ele fosse Deus mesmo, amar-nos-ia com um amor infinito, e nós, então, jamais poderíamos amar-nos uns aos outros como Ele nos amou! E, se podemos fazer tudo que Ele fez e até mais, ainda, é também porque Ele não é Deus mesmo! Jesus é apenas o “Logos”, o Demiurgo de Platão e de João Evangelista, ou seja, o Mediador entre Deus e os homens de São Paulo: “Há um só Deus (Theos”) e um só Mediador (“Logos”) entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”(1 Timóteo 2,5). Jesus era Deus (“Logos”) e estava com Deus (“Theos”), mas não era Javé (João 1,1).
O Concílio de Lyon (1274) instituiu o dogma do “Filioque”, agravando mais, ainda, as divergências sobre esses assuntos e outros entre a Igreja Romana e a Ortodoxa Oriental. No tocante ao Espírito Santo, só podemos adiantar, com base na Bíblia, que Ele existe, mas, igualmente, Ele não é outro Deus, mas a comunhão dos espíritos humanos criados, que somos todos nós, inclusive Jesus.
É o que lemos em 1 Coríntios 6,19: “Nosso corpo é santuário dum Espírito Santo” (nosso livro “A Face Oculta das Religiões”, pág. 117 a 134). Os teólogos imaginaram que em Deus há três Pessoas Divinas. Mas Deus não é uma pessoa, quanto mais três! Deus é infinito. Se fosse pessoa, Ele seria finito! Ele é o Pai de todos nós, inclusive de Jesus. É o Único, isto é, o Javé, o Criador, o incriado e o ingerado.
Os teólogos são os responsáveis pela frieza dos cristãos e pelo ateísmo, pois, em pleno Terceiro Milênio, continuam ensinando teologias conflitantes, que os teólogos do passado criaram, mas que eles mesmos não entendiam e muito menos as entendem os de hoje!