A teologia unilateral leva ao exclusivismo religioso e até ao fanatismo. E sem um conhecimento da teologia onilateral (universal), é impossível o que Leonardo Boff (colunista de O TEMPO) chama de “consciência de alteridade” ou respeito ao pensamento do outro.
E não adiantam os bonitos termos técnicos hermenêutico-exegéticoteológicos, quando eles são fantasiosos e contrários à Bíblia, e em que, às vezes, os próprios teólogos não acreditam. Por exemplo: o pecado (do grego “amartia” e do latim “culpa”) significa fugir da meta, carreira, evolução, regeneração (Mateus 19, 28 e Tito 2,5). É, pois, o próprio pecador dando cabeçadas.
Destarte, afirmar que o pecado faz Deus sofrer é um erro teológico crasso. Seria Deus assim tão vulnerável a nós? O pecado e o crime são contra a lei divina (espiritual) e civil. Porém não são os autores dessas leis que sofrem. Se eu der um prejuízo a alguém de R$ 100,00 (cem reais), estou praticando uma falta contra as leis divina e civil. Mas somos eu, o autor do erro, e a vítima que sofremos. Nenhum problema tem com isso quem criou a lei, e muito menos Deus!
Outro grande erro milenar dos teólogos é a afirmação de que a Bíblia é literalmente a palavra de Deus, pois ela tem manifestações de espíritos humanos atrasados (demônios), as quais jamais poderíamos atribuir a Deus, o “Pai dos Espíritos” (Hebreus 1,14). E quem insiste em afirmar, pois, que a Bíblia é literalmente a palavra de Deus, até estaria chamando o próprio Deus de falso profeta!
Por que Lutero eliminou uma boa parte da Bíblia? Kardec nada tirou dela. Porém mais se preocupou com o estudo de suas partes mais relacionadas com o amor a Deus e ao próximo. Aliás, o próprio Jesus sintetizou a lei nesses dois Mandamentos!
Enquanto os líderes religiosos forem falsos profetas, ensinando doutrinas, que só foram mantidas no passado a ferro e fogo, suas teologias não terão chance de sucesso na mentalidade dos fiéis do Terceiro Milênio! Não, não adianta a seara ser fértil, se a semente não for boa!