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Terrorismo Religioso

Todas as práticas de terrorismo visam, invariavelmente, impor à força pensamentos, filosofias e doutrinas aos que não comungam delas. Recorre-se, algumas vezes, às armas, visando estabelecê-las por meio do medo. Exatamente por isso já, de antemão, as podemos considerar inverídicas, porquanto, a verdade sendo algo cristalino não é coisa que se impõe, todos a aceitam pacificamente.

Pelo modo de agir dos adeptos de algumas religiões tradicionais, especificamente a sua liderança, não há outra alternativa senão considerar também como prática terrorista o que vem sendo feito por eles, que implantando um verdadeiro terrorismo religioso, fazem de tudo para encabrestar seus fiéis. Embora não estejam mais recorrendo às armas com que matavam as pessoas, certamente recorrem àquelas que matam a liberdade de pensar delas, aprisionando-as aos seus pensamentos.

Granadas, rifles, fuzis, canhões e metralhadoras, são substituídos por “garras de satanás”, “fogo do inferno”, “dia do juízo”, “fim do mundo”, etc., que, conforme já dissemos, apesar de não matarem fisicamente, matam algo tão importante quanto o é a liberdade de pensar das criaturas.

 

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Paulo Neto
É palestrante e articulista da Mídia Escrita Espírita e não Espírita, com vários artigos publicados em um grande número de jornais e revistas, muitos dos quais poderão ser encontrados na Internet e principalmente neste site.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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