Vivam os novos Pentecostes anunciados pelas profecias incontestes

Existe uma crença entre os cristãos de que os fenômenos pentecostais com o Espírito Santo terminaram com o Livro do Apocalipse, depois do que eles aconteceriam somente com os bispos e o papa em concílios ecumênicos, o que muitos católicos ignoram e outros rejeitam, por exemplo, os carismáticos. Os protestantes e os evangélicos, então, nem se fala. Mas na verdade esses contatos são com espíritos, como veremos. E eles mesmos estão descobrindo isso.

Primeiramente, temos que saber que, na Bíblia, o Espírito Santo é um espírito humano. Não estamos, pois, falando do ponto de vista dos dogmas que respeitamos, mas da Bíblia, na qual, nos originais, onde se diz o Espírito Santo, é “um espírito santo”. Exemplos: ele é a alma santa de Daniel (Daniel 13: 45 da Bíblia Católica); “Não sabeis que vosso corpo é santuário de um espírito santo?” (1 Coríntios 6: 19; e 14: 14). São Jerônimo, na Vulgata Latina, diz “um espírito bom” (“spiritus bônus”). (Observe-se, nas traduções, a troca do artigo indefinido “um” pelo definido “o” e do adjetivo “bom” pelo de “santo”. Isso foi feito para dar apoio à doutrina dogmática trinitária criada pelos teólogos cristãos. Quando, pois, na Bíblia se diz “o Espírito Santo”, devemos substituir o artigo definido “o” pelo indefinido “um”, e com as iniciais minúsculas, ficando assim: um espírito santo ou “um espírito bom”. O conhecimento dessas questões influiu muito para eu aceitar o espiritismo. Para quem quiser ver mais detalhes sobre o assunto, recomendo, entre outros livros, “Sabedoria do Evangelho”, 8 volumes, tradução direta do grego, do ex-padre Carlos Torres Pastorino, Doutor em Filosofia e Teologia em Roma (Itália), ou o meu livro “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM, SP)

E não foi só em Pentecostes que o Consolador, o Espírito de Verdade, o Paracleto (mentor, intercessor), o Espírito Santo (espíritos bons) se manifestou. Em Pentecostes, aconteceu o início dessa manifestação do Espírito Santo (espíritos bons). Cada espírito falou em uma língua estrangeira (xenoglossia), através dos apóstolos médiuns que não conheciam as línguas em que os espíritos falaram, mas que foram entendidos pelos estrangeiros presentes, confirmando as profecias de Joel 2: 28: “Derramarei do meu Espírito”. (Joel 2: 28). Os espíritos são da posse do Espírito de Deus, pois são partes de Deus, do seu Espírito. Alguns apóstolos eram médiuns muito especiais, entre eles, Pedro, João, Tiago e Paulo, como existem também os especiais (ostensivos) de hoje, os quais têm dons especiais até de colocarem espíritos em outros médiuns, impondo-lhes as mãos. (Atos 8: 17; e 19: 1 a 7). E isso aconteceu depois de Pentecostes. Em Éfeso, alguns indivíduos nem sequer tinham ouvido falar no Espírito Santo. (Atos 19: 2). E Paulo, impondo-lhes as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo ou o certo: um espírito bom, santo, e eles falavam em línguas estrangeiras e profetizavam. (Atos 19: 6).

Precisamos fazer o cristianismo voltar às suas origens, com seus fenômenos pentecostais e profecias incontestes, como o tem feito o espiritismo, estudando a fundo a Bíblia livre das algemas doutrinárias estranhas a ela e impostas, no passado, pela força, e não pela razão, o bom senso e a lógica!

José Reis Chaves
Março/2014

Com Celina Sobral e este colunista, o “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior, por parabólica e internet, nas quintas-feiras, às 20h, e outros horários (grade da programação). Perguntas e sugestões: presenca@tvmundomaior.com.br

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.