Xenoglossia e as personalidades anteriores

Fenômeno de falar uma língua estrangeira sem a conhecer

Enquanto crescem as provas e os argumentos científicos robustos a favor da ciência espiritualista, a materialista agoniza por falta de “matéria”, como dizia o filósofo e teólogo padre jesuíta Huberto Rohden, criador da Filosofia Cósmica.

Xenoglossia é o fenômeno de uma pessoa falar uma língua estrangeira sem a conhecer, podendo ser viva e falada em algum país ou antiga e até morta, como o latim e o sânscrito. Há três condições nas quais esse fenômeno ocorre com as pessoas, sendo um que é mais raro no estado normal de consciência ou espontâneo. Os outros dois mais comuns são com os estados alterados de consciência com a hipnose e a mediunidade ou êxtase.

Eis um caso de estado normal de consciência do livro “Xenoglossia” de Ian Stevenson, renomado cientista e escritor, psiquiatra e parapsicólogo canadense, mas que viveu nos Estados Unidos e foi diretor, por muitos anos, do Departamento de Psiquiatria e Parapsicologia da Universidade de Virgínia. Ele pesquisou a reencarnação em mais de 40 países, inclusive no Brasil.

O caso que vamos abordar envolveu a indiana Uttara Huddar que assumia a personalidade de uma sua vida anterior de nome Sharada e falava o Bengali de Bengala, sem ter tido nenhum contato com esta língua. (Omito vários dados, pois o espaço da coluna não é suficiente para que eu os mencione).

O nome de Uttara na sua vida anterior em Begala era Sharada. Uttara assumia a personalidade de Sharada, às vezes, por vários dias, e ela nunca admitia que tinha morrido. E Sharada era estudada, também, em reuniões com Uttara em transe e hipnose por vários outros cientistas.

No livro “Xenoglossia”, é contado outro caso muito interessante: “Gretchen” cuja língua era o alemão e com reencarnação em Jensen que assumia a personalidade de Gretchen, com interessantes dados históricos.

Falemos um pouco sobre glossolalia que é o que acontece com os carismáticos católicos e pentecostais evangélicos. Essas duas palavras ‘Carismáticos’ e ‘pentecostais’ envolvem fenômenos mediúnicos (manifestações de ininteligíveis de espíritos que não são evoluídos e são sofredores), daí os gemidos constantes.

Não se entende nada do que dizem, pois não é xenoglossia, ou seja, não se trata de uma língua, mas como já dissemos gemidos e balbuciar de sílabas sem nexo (fervor?). E alguns dizem que é o Espírito Santo (Deus? Veja-se a 1ª Carta de João 4: 1). Quando São Paulo fala no fenômeno de falar línguas estrangeiras, é porque elas existem mesmo ou existiram em épocas longínquas e que são as línguas mortas cujos espíritos manifestantes as conhecem, pois as falavam quando encarnados.

Porém glossolalia, repetimos, não é xenoglossia. Veja-se o que disse são Paulo sobre xenoglossia em 1 Coríntios 14:18: “Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todos vós”.

Artigo publicado no jornal O Tempo em 11/11/2024
PS: (*) Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior. Palestras e entrevistas em TVs com ele no YouTube e Facebook. Seus livros estão na Amazon, inclusive os em inglês, e a tradução da Bíblia (N.T.). Contato (Cássia e Cléia): contato@editorachicoxavier.com.br ou jreischaves@gmail.com 

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.