Lembra Kardec: “Uma publicidade em larga escala, feita nos jornais de maior circulação, levaria ao mundo inteiro, até às localidades mais distantes, o conhecimento das ideias espíritas, despertaria o desejo de aprofundá-las e, multiplicando-lhes os adeptos, imporia silêncio aos detratores, que logo teriam de ceder, diante do ascendente da opinião geral.”[1](grifamos). Divulgação em grande escala se consegue hoje através da Internet, conhecida como a maior rede de computadores do mundo, que permite trocar informações dos mais variados assuntos, enviar mensagens, conversar com milhões de pessoas ou apenas ler as informações de qualquer parte do planeta. Em face disso, cremos que ela tem o papel mais importante na divulgação do Espiritismo contemporâneo, até porque “recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação.” [2]
20/08/2020
Quando pensamos nos milhares de espíritas de pouca cultura, humildes e materialmente pobres, porém verdadeiros vanguardeiros da Terceira Revelação; quando imaginamos que o edifício doutrinário se mantém firme em face do amor desses lídimos baluartes do Evangelho, impossível não nos entristecermos quando se trombeteia em nossas hostes os excesso de consagração das elites culturais.
O Homem só começa a ser Homem, quando começa a enterrar seus mortos, diz-nos o historiador Aníbal de Almeida Fernandes, em “A Genealogia como fator básico na formação da Civilização”, e conclui: É o marco divisório entre o animal e o primeiro homem, e ocorreu há cerca de 40.000 anos com o Homo Sapiens e o Homo Neanderthal, antes mesmo da agricultura, e é o início da história humana. O sentimento de cultuar os mortos foi moldado, pois, a partir de época bem remota e está sedimentado em quase todas as tendências religiosas. As comunidades primitivas, peninsulares, agropastoris, inclinadas ao culto agrícola e ao culto da fertilidade, acreditavam, originariamente, que, em sepultando seus mortos nas proximidades dos campos agrícolas, os espíritos desses cadáveres ressurgiriam à vida com mais vigor, quais sementes plantadas em solo fértil, mas criam que isso se daria como algo secreto e misterioso. Com essa crença, reverenciavam-se os mortos próximos às tumbas, com festas e, sobretudo, com muita alegria, prática que se estendeu viva em algumas culturas contemporâneas.
O Controle Universal dos Ensinos dos Espíritos e a fastidiosa arenga antifebiana
Escutávamos, certa vez, algumas salas de “estudos” (bate-papo!!!) espíritas no Paltalk, via Internet, e os verbos que penetravam nos canais acústicos dos nossos ouvidos, através do headphone, feriam os tímpanos de nossa indulgência cristã. Evidentemente, não generalizando, há as raríssimas salas-exceções, que criteriosamente, promovem um estudo sério da doutrina à luz da razão e do bom senso.
Não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da Política humana
O trabalhador da casa espírita, seja ele atuante em área mediúnica, doutrinária ou administrativa, sabe, perfeitamente, que centro espírita não é lugar de se fazer campanha política, em qualquer época, sobretudo próximo às eleições. O espírita, definitivamente, não pode confundir as coisas. Se estiver vinculado a alguma agremiação partidária, se deseja concorrer como candidato a cargo eletivo, que o faça bem longe das hostes espíritas, para que tudo que fizer ou disser, dentro da casa espírita, não venha a ter uma conotação de atitude de disfarçada intenção, visando a conquistar os votos de seus confrades.
As penitenciárias, de hoje, lembram bastante as masmorras medievais. Onde está o processo avançado das conquistas tecnológicas e sociais? Notamos que os cárceres, atualmente, não servem para educar, pelo contrário, neutralizam a formação e o desenvolvimento de valores intrínsecos, estigmatizando o ser humano. A rigor, as prisões vêm funcionando como máquinas de reprodução da criminalidade. Tudo agravado pelo péssimo ambiente prisional, pela ausência de atividades produtivas e pela superlotação carcerária. Isso, sem levar em conta a rejeição da sociedade pelos ex-presidiários.
Sentimos necessidade de elaborar uma 2ª. versão do controvertido tema homossexualidade em função de ainda identificar nas hostes espíritas intolerância e preconceitos sobre o assunto, cuja 1ª versão editada em 21.04.06 pode-se ler clicando aqui.
As múltiplas experiências humanas pela reencarnação e os repetidos contatos com ambos os sexos proporcionam ao espírito as tendências sexuais na feminilidade ou masculinidade e este reencarna com ambas as polaridades e se junge, às vezes, contrariado aos impositivos da anatomia genital e ao da educação sexual que acolhe em seu ambiente cultural. Consoante essas experiências tenderá para qualquer das duas opções e o fará nem sempre de acordo com sua aspiração interior, que poderá ser inversa ao que determina o meio sócio-cultural.
Não fales e nem escrevas Algo que fira ou degrade; Racismo é uma chaga aberta No corpo da Humanidade (Cornélio Pires) ([1])
O racismo([2]) é um tema pouco abordado nas hostes doutrinárias. A bibliografia é escassa. Os escritores e estudiosos espíritas brasileiros ainda não se debruçaram com maior profundidade sobre o assunto. Para alguns, as poucas análises sobre a questão do segregacionismo e da escravidão do negro, no Espiritismo deixam transparecer as influências da teoria arianista ([3]), da visão positivista e idealista da história, desconsiderando os fatos nos seus relativismos e contradições.
A despeito de ser praticada desde a mais remota antiguidade, a cremação (incineração de um cadáver até reduzi-lo a cinzas) é assunto controverso na opinião da sociedade contemporânea ocidental. Em eras recuadas, a prática da cremação provinha de duas razões diferentes: a necessidade de trazer de volta os guerreiros mortos, para receberem sepultura em sua pátria, como sói ocorrer entre os gregos; ou de fundamentos religiosos, como entre os nórdicos, que criam assim libertar o Espírito de seu arcabouço físico e evitar que o desencarnado pudesse causar danos aos encarnados.
O Brasil desperdiça US$ 250 bilhões a cada doze meses, o que equivale a 1/4 do PIB (Produto Interno Bruto), aproximadamente. É inaceitável que um País negligencie valores de tamanha proporção pelos bens e serviços produzidos em um ano, por invigilância e insensatez da sociedade, de um modo geral, e das autoridades no poder de fiscalização.
Reduzindo-se o desperdício em, pelo menos, US$ 30 bilhões/ano, um milhão de empregos seriam gerados, isso mesmo(!), um milhão de novos postos de trabalho – nos vários setores de produção -, segundo atestam os especialistas.