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A diversidade de crenças

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O Espírito Santo é um ser feminino e materno para uma certa teologia antiga, o que acabou passando para Maria, Mãe de Jesus, mãe da Igreja e dos cristãos. Os espíritas consideram-na mãe da humanidade. O Espírito Santo, na verdade, como tenho acentuado muito, é o conjunto de todos os espíritos. “Deus é o Pai dos espíritos” (Hebreus 12,9). Santo é sinônimo de universal.

Em alemão temos “heilig”, palavra derivada de “heil” (total). E também em inglês, “whole” (total, inteiro) evoluiu para “holy” (santo). O significado de total dessas duas palavras, como ensina Huberto Rohden, é também de universal (santo), pois o homem total tem uma harmonia total (universal) com todo o universo e o Todo (“Sermão da Montanha”, pág. 136, Ed. Martin Claret.

Deus é uno e trino, pois se Ele não abrangesse a tríade universal, Ele não seria infinito. A partir do Concílio Vaticano II (1963-1965), a Igreja passou a admitir também a idéia oriental de Deus imanente, ao lado de Deus transcendente. E os orientais crêem, sim, em muitos deuses, mas secundários (João 10,34). Mas eles crêem em um só Deus absoluto, o Único ou Brâman, equivalente ao Javé. E, assim sendo, seriam os orientais mais monoteístas do que os cristãos?

Os Maçons vêem Deus como o Arquiteto do Universo. Stº Tomás de Aquino, eu já o disse muito, denomina Deus de SeIncontingente. Para Jesus, Deus é o Pai Dele e de todos nós. Deus é Javé para os judeus. Kardec O definiu como a Causa Primária de todas as coisas e a Inteligência Suprema.

Einstein disse que acreditava em Deus, mas não no Deus judeu-cristão. O Patriarca Abraão afirmou: Deus é amigo. Para Maomé, Deus é um tesouro escondido que deseja ser conhecido. Cada indivíduo tem Deus do tamanho da sua evolução espiritual. E, ao contrário do que se pensa, Deus não castiga ninguém. O sofrimento cármico não é, pois, castigo, mas apenas funcionamento da lei inexorável de causa e efeito, a qual nos disciplina, já que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória.

E concluímos essas divagações sobre a diversidade de crenças, dizendo que a maior adoração que podemos fazer a Deus é estarmos conscientes de que Ele é o único ser que nos ama de fato!

José R. Chaves
José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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