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A diversidade religiosa

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As pessoas têm graus diferentes de evolução oriundos de reencarnações passadas de seus espíritos. Cada espírito, pois, vem com seu próprio acervo cultural, inclusive o religioso. O espiritismo não tem rituais e não faz casamentos. Porém o conhecido médium baiano psicopictógrafo (de pintura mediúnica) José Medrado, que vai à Europa e a outras partes do mundo, várias vezes por ano, fazer suas pinturas mediúnicas em redes de TV, é a favor do casamento espírita.

Fundador e dirigente da famosa comunidade espírita de Salvador, “Cidade da Luz”, ele pediu ao Tribunal de Justiça da Bahia a instituição do casamento espírita. O espiritismo é uma ciência e aceita, pois, a evolução. Mas alguns meios espíritas perseguem os inovadores. E até o chamado “olho grande”, às vezes, se encontra entre eles.

Como se vê, os espíritas erramos também, pois somos seres humanos imperfeitos, como qualquer outra pessoa, em busca da perfeição. O Alamar Régis, fundador e diretor da Rede Visão Espírita, é também vítima de muitas dessas perseguições de espíritas fundamentalistas. Ele acaba de enviar uma carta à Federação Espírita Brasileira (FEB), apelando para o seu presidente e vice-presidente, respectivamente, Nestor Masotti e Altivo Ferreira, pedindo apoio para o casamento espírita que, é óbvio, não terá caráter de sacramento e será grátis. Essa briga é entre respeitados gigantes espíritas do mundo, já que é aqui no Brasil que o espiritismo, a exemplo do catolicismo, mais se difundiu.

Porém até o autor desta coluna, o qual é uma figura modesta dentro do espiritismo, mas porque o seu trabalho tem um forte enfoque de Bíblia e de mídia, é também vítima de alguns dirigentes espíritas que tentam ignorá-lo e isolá-lo, quando o espiritismo é bíblico em toda a acepção da palavra, além de o Espírito de Verdade ter dito que a maior caridade que podemos fazer com a doutrina espírita é a sua divulgação.

Diante desses fatos, perguntamos: será que o espiritismo vai cometer os mesmos erros da Igreja, que, justamente por ignorar, nos tempos passados, a inevitabilidade da diversidade religiosa das pessoas, acabou levando o cristianismo a fracionar-se em mais de 300 igrejas?

José R. Chaves
José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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