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A Igreja não condenou a reencarnação

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Os teólogos do Cristianismo Primitivo eram em Teologia o que eram em Astronomia os astrônomos daquela época. E esse é um problema grave para os teólogos da pós modernidade, seus herdeiros.Um concílio ecumênico abrange todos os bispos da Igreja.

Já um sínodo reúne apenas um certo número de bispos, como o Sínodo de Constantinopla (543) convocado pelo imperador Justiniano. Conta-se que a sua esposa Teodora, o teria influenciado na sua posição contrária à reencarnação. Seja essa história verdadeira ou não, ela não muda os fatos históricos sobre a reencarnação no Cristianismo.

Justiniano considerava-se maior teólogo do que Vírgílio, o bispo de Roma de sua época, que não era ainda um papa, pois só mais tarde é que os bispos da Capital Roma tornaram-se papas.

O imperador Justiniano foi também quem convocou o Concílio Ecumênico de Constantinopla (553), para tratar de supostas doutrinas heréticas nestorianas de Teodoro Mopsueste, mas que foram aprovadas pelo “papa” Virgílio (Jean Prieur, “O Mistério do Eterno Retorno,”pág. 128, Ed.Best Seller, 1996). No Sínodo (543), 10 anos, portanto, antes do Concílio Ecumênico de Constantinopla (553), foi condenada a doutrina de Orígenes da preexistência da alma (existência da alma ou espírito antes da concepção do corpo), o que implicava a condenação da reencarnação, pois esta não existe sem a preexistência da alma.

Mas essa condenação de 3 a 2 pelo Sínodo de 543 só teve um valor regional, e não universal para toda a Igreja, como acontece num concílio ecumênico. Porém, Justiniano fez juntar aos cânones do 5º Concílio Ecumênico de Constantinopla (553) documentos do Sínodo de 543. Destarte, entendeu-se, erroneamente, que a preexistência e a reencarnação foram condenadas pela Igreja, em conseqüência do que cerca de um milhão de cristãos reencarnacionistas foram mortos no Oriente Médio (Paul Brunton, “Idéias em Perspectivas”, pág. 118, Ed. Pensamento, e nosso livro “A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência”).

E, assim, se houve a propalada condenação da reencarnação pela Igreja, é porque ela existia no Cristianismo Primitivo. Mas, como vimos, o que houve foi uma fraude de Justiniano. Portanto, os católicos estão livres para continuarem crendo ou não na reencarnação!

José R. Chaves
José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

1 comentário

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marcos ozeas batista 11/04/2022 - 17:22

muito bem, existem vários livros da bíblia que vemos como a prova da reencarnação um ex; em malaquias cap; 4 vcs; 5 e em mateus cap; 11 vcs; de 12 a 15 e muitos outros.

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