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A sabedoria no uso da palavra

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O uso da palavra faz parte dos hábitos das nossas vidas. É a forma mais usual da comunicação humana. Ela pode ser expressa com várias finalidades e sua utilização se dá de forma escrita ou verbal para a prece, discursos, recitais de poesias, cantos, calúnias e agressões, – sendo as duas últimas – sentimentos menores que devemos evitar, sendo oportuno lembrar Mateus 11:19, “A sabedoria é demonstrada pelas suas ações”.

Quando pensamos e elaboramos o que vamos exprimir através da palavra temos plena consciência daquilo que queremos externar em seu conteúdo e objetivo. Contudo não raro, deparamo-nos com situações embaraçosas em que falamos ou escrevemos o que não devemos. Isso ocorre muitas vezes pela ausência de cautela quando nos expressamos por não avaliamos as consequências e danos que as palavras podem gerar.

Tenhamos em mente que a boca é a primeira parte do nosso sistema digestivo, onde “mastigamos” os alimentos. Mas é lá, também que através da palavra “trituramos” literalmente nossos semelhantes com calúnias e difamações pré-julgando os seus atos. Ainda em Mateus 7:1-2, temos: “Não julguem, para que vocês não sejam julgados, pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.

Essa forma inábil de nos conduzirmos demonstra que não controlamos com o devido cuidado as palavras que formatamos em pensamento, trazendo-nos muitas vezes resultados desagradáveis. Diante desses fatos que todos nós já devemos ter experimentado, cabe prudência naquilo que iremos dizer bastando tão somente revermos as nossas ideias e posições. As expressões ditas com intemperança só trazem efeitos nocivos à nossa saúde física e espiritual. Quando agimos no ímpeto das emoções a emissão de energias negativas é inevitável. Se assim nos comportamos nossa faixa vibratória recebe, também outras de baixa qualidade resultando inicialmente em prejuízo para nós mesmos.

Essas energias negativas podem não atingir o alvo pretendido, mas sem sombra de dúvida só em pensarmos já estaremos envolvidos nas vibrações impuras que emitimos. Essa imperfeição não é privilégio de poucos e a palavra verbal é um fator que nos propicia oportunidades frequentes para injuriarmos nossos semelhantes.

Se déssemos um freio nesses impulsos inconsequentes, com certeza estaríamos menos vulneráveis ao desequilíbrio no convívio com os nossos semelhantes. Diante de tudo isso vigiar nossos pensamentos e intenções, refletindo sobre o que pretendemos dizer.

No livro “Nossas Riquezas Maiores”, o Espírito de Francisco de Paulo Vitor, psicografado por J. Raul Teixeira diz “(…) Os recursos que tem a palavra, para erigir edifícios formosos de luz ou fossas escuras de trevas, ainda não são devidamente compreendidos; A energia que veste cada palavra, possibilitando a construção da paz ou da destruição da guerra, terá que ser, um dia, examinada, para que, futuramente, lancemos mão da arte de falar para a elaboração do melhor”.

Conviver de maneira cristã é entender as nossas imperfeições e ficarmos em constante vigilância. Esse é o caminho que Cristo apontou para seguirmos em fraternidade. Quando nos acautelamos e temos indulgência com os equívocos do próximo vivenciamos a prática do Evangelho, que nos permitirá galgar os degraus da evolução.

Além dessa abordagem da palavra como instrumento físico de transmissão de ideias consideremos, também a palavra “mental” que mesmo silenciosa, alcança dimensões infinitas…. “A paciência é o caminho de toda sabedoria”

 

Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus

Luiz G. G. de Sá
Luiz G. G. de Sá
Médico, pianista, compositor, escritor e produtor cultural. É membro da Academia Pernambucana de Música, sucedendo Luiz Bandeira que por sua vez, ocupou a vaga do Patrono Luiz Gonzaga. Articulista do Jornal do Comércio e Diário de Pernambuco há vários anos. Vencedor de inúmeros festivais de frevo e hoje tem 42 frevos de rua entre outros do gêneros como jazz, bossa nova, noturno, etc. Trabalhador do Centro Espírita Caminhando Para Jesus.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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