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A Salve Rainha contém a doutrina espírita

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Capelinos e os degredados filhos de Eva

Com o decorrer dos tempos, o que é verdade se impõe naturalmente. Assim é que a filosofia e a ciência, em sua busca da verdade, ao surgirem com suas novas ideias na mente de alguém, frequentemente são polêmicas e combatidas. Mas, se forem verdades, vão sendo aceitas normalmente por todos.

A Bíblia e a doutrina espírita nos ensinam que há muitas moradas na casa (Universo), em João, capítulo 14, em que nós, espíritos, podemos morar, pois os espíritos reencarnam nos mundos com o nível de evolução espiritual condizente com a evolução espiritual deles. Foi assim que aconteceu a vinda dos capelinos (de Capela) para o nosso planeta Terra, pois eles não podiam mais reencarnar lá.

Esclarecendo mais o assunto, segundo a doutrina espírita, Capela, do latim “capella” (“cabrita”, traduzido para o português), é uma estrela muito brilhante, maior do que o Sol, e pertencente à constelação Cocheiro, situada na nossa Via Láctea. Os capelinos começaram a vir para a Terra, procedentes do quarto planeta dessa estrela Capela, a partir, mais ou menos, de 11.000 a 4.000 anos a.C.

Isso está de acordo com a Bíblia, que fala que os filhos dos deuses gostaram das filhas dos homens e casavam-se com elas (Gênesis 6: 1-4). O texto lembra a vinda dos espíritos capelinos para o nosso planeta Terra em degredo, conforme dissemos em linhas anteriores, por eles não poderem mais reencarnar lá, pois o quarto planeta de Capela, onde eles se encarnavam, havia avançado para um nível espiritual superior, enquanto eles estavam em uma condição evolutiva ainda bem inferior. Daí serem degredados para a Terra.

E esse assunto não é originário de mim, pois a literatura espírita fala muito nele. Mas acrescento que a oração católica da Salve Rainha pede socorro ou proteção para nós, “degredados filhos de Eva”. O que remete ao fato de que nós, filhos de Eva, podemos estar entre os capelinos que foram “degredados” para o nosso planeta Terra. Nada de estranho nisso, pois os espíritos são imortais, e uns já são bem velhos.

Mas acentuamos que não se trata de castigo de Deus. Pelo contrário, é mais uma graça ou bênção de Deus, dando-nos sempre novas chances de regeneração conforme a sua misericórdia infinita para com seus filhos, a fim de que possamos acertar nossas contas cármicas com a bendita lei de causa e efeito. Lei que nos deixa claro, segundo o Mestre dos mestres, que temos que pagar todas as nossas faltas até o último ceitil (São Mateus 5: 26). E então, depois desse acerto, não vamos pagar mais nada, o que nos lembra que as penas infernais tidas como sem-fim são mesmo mais um dos grandes erros de interpretação literal da Bíblia. E esse erro faz a justiça divina ser mais imperfeita do que a humana!

 

Artigo publicado no jornal O Tempo em 26/02/2024
PS: (*) Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior. Palestras e entrevistas em TVs com ele no YouTube. Seus livros estão na Amazon, inclusive os em inglês. E a tradução da Bíblia, N.T. Contato: contato@editorachicoxavier.com.br

José R. Chaves
José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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