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Fakes news das omissões e dos acréscimos

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Seja nas traduções da Bíblia seja nos meios de comunicação

Inspirou-me para fazer esta coluna a prece inicial da missa: “Ó Deus, perdoai os nossos pecados cometidos por pensamentos, palavras, ações e omissões”.

O ex-padre, filósofo e teólogo Roden diz uma grande verdade sobre a lei de causa e efeito: “O que devemos fazer e podemos fazer, mas não o fazemos, cria carma de dor.” E ensinou o maior dos Mestres: “Ninguém deixará de pagar tudo até o último centavo.” (Mateus 5: 26).

Esses assuntos têm muito a ver, também, com os vários tipos da comunicação e da mídia. E essas duas palavras que parecem sinônimas, às vezes, os comunicólogos as misturam…

Os tradutores antigos da Bíblia do Século XIX e princípio do XX para o português eram católicos ou protestantes e evangélicos que pouco ou nada sabiam do espiritismo codificado por Kardec, o criador da ciência do espírito, mais ou menos em 1850. Esses tradutores não perceberam (ou concordaram com elas) que várias passagens da Bíblia estão de acordo com a doutrina dos espíritos, seus fenômenos mediúnicos e a reencarnação, traduzindo-as, normalmente.

Mais tarde, os novos tradutores da Bíblia não espíritas, sabendo da “distração” dos tradutores antigos, que não “perceberam” que as passagens originais são espíritas, estão alterando agora as traduções daquelas passagens bíblicas originais espíritas, tirando delas as ideias espíritas.

Recomendamos, pois, as traduções antigas, como a do padre Figueiredo, do Soares e do João de Almeida não reformadas. Essas alterações da Bíblia, para que ela não pareça espírita, geralmente, estão também contra as escrituras sagradas da maioria de outras religiões e estão, portanto, bem conhecidas, hoje, não somente pelos espíritas.

E vamos, agora, ao que eu tenho chamado de “fakes news das omissões”, ou seja, certos assuntos de que os líderes religiosos fogem no que escrevem ou falam. Por exemplo, a reencarnação, contra a qual lhes faltam argumentos de peso, desacreditá-la, hoje, é como se diz, malhar em ferro frio, pois, ela é aceita atualmente por 75 % da população mundial, independente de religião.

E, inclusive, ela e a mediunidade têm tirado muita gente do materialismo e, então, o seu silêncio ou fake news da omissão. Sim, pois, qualquer informação ou omissão com o objetivo de enganar as pessoas não deixa de ser também uma espécie de fakes news.

Isso tem acontecido muito, também, com alguns veículos midiáticos do Brasil, os quais só divulgam com ênfase e até com acréscimos ou omitem notícias de acordo com seus interesses político-ideológicos, o que é lamentável e pode, também, até prejudicar seus próprios interesses midiáticos, pois, há seus apoiadores, sim, mas há também os que discordam das suas políticas ideológicas radicais!

Artigo publicado no jornal O Tempo em 04/09/2023
PS: Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior e a tradução da Bíblia (NT), revisada e com notas inéditas interlineares em negritos. contato@editorachicoxavier.com.br Cássia e Cléia.
Para quem quiser acompanhar a discussão da coluna no jornal O Tempo. (CLIQUE AQUI)

José R. Chaves
José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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