O Espiritismo exige responsabilidade

Dentre as principais finalidades de um Centro Espírita, destacam-se, o amparo, o esclarecimento e o consolo, à luz da Doutrina Espírita, que se fornecem a todos os irmãos necessitados que o procuram. Em primeiro lugar é óbvio que se algum espírita pretende ajudar alguém, à luz do Espiritismo, é necessário que ele conheça seus fundamentos básicos. E neste ponto que verificamos que surgem muitos problemas, de forma muito comum, em diversos Centros Espíritas de todo o Brasil. Infelizmente, muitos dirigentes e trabalhadores da Seara Espírita não conhecem a fundo (às vezes, nem superficialmente) as obras básicas do Espiritismo codificadas por Allan Kardec e por isso mesmo tornam-se inaptos a orientar algum necessitado, ou mesmo a proferir uma palestra sobre Espiritismo. Parece-nos que muitos ainda não conhecem aquelas velhas frases: “Temos de começar pelo começo” ou “Não se inicia a construção de uma casa pelo telhado, e sim pelo alicerce”. É comum constatarmos que diversos Centros Espíritas e Federações de alguns Estados, em seus cursos básicos de Espiritismo, ou até mesmo em palestras abertas ao público em geral, releguem as obras de Kardec a um segundo plano, dando franca preferência a outros livros psicografados. E ainda orientam pessoas iniciantes na Doutrina a começarem a ler esse tipo de literatura que, queremos deixar bem claro, são importantes, louváveis e de inestimável valor, porém, para aqueles que já possuem conhecimento dos elementos básicos da Doutrina Espírita. Não é raro assistirmos palestras públicas, onde muitas pessoas lá se encontram pela primeira vez, e vemos que o expositor espírita, após esclarecer que aquele local é uma “Casa Kardecista”, se põe a falar sobre os bônus-hora, de ministérios existentes nas colônias espirituais, dos veículos de locomoção lá existentes etc..

 

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Elio Mollo
Italiano, chegou ao Brasil com dois anos de idade, diz-se que é brasileiro de alma e coração. Aprecia escrever artigos visando compartilhar todo aprendizado que obteve na vida, seja de mestres, livros ou de experiências vividas.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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