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O Pentecoste inicia o consolador prometido

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Fenômenos mediúnicos na tradição cristã

Há o Pentecoste judaico e o cristão. O judaico ocorre sete semanas ou cinquenta dias após a Páscoa, e o cristão acontece cinquenta dias após a Páscoa ou a ressurreição de Jesus.

É no Livro de Atos capítulo II da Bíblia que é narrada por São Pedro a história desse início do citado Consolador Prometido, em que Pedro repete as profecias de Joel 2:28–32: “Derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; e até sobre os servos e sobre as servas derramarei do meu Espírito.”

O espiritismo, que é a ciência dos espíritos ou espiritologia, demonstra-nos que os profetas da Bíblia eram médiuns, na época chamados de pneumatas. Além de Joel e Pedro, São Paulo, também, fala nesses nossos dons espirituais mediúnicos ou proféticos e até diz que é melhor profetizarmos do que falarmos em línguas estrangeiras (1 Coríntios 14: 4-5).

E queremos deixar claro que o fenômeno do Pentecoste é mediúnico de falar em línguas estrangeiras sem o conhecimento delas de que falou São Paulo e que, cientificamente falando, é o fenômeno de Glossolalia (falar línguas estrangeiras sem as conhecer), pois, os apóstolos, pessoas simples e que somente conheciam as duas línguas da sua região: o hebraico e o aramaico e, no entanto, falaram línguas estrangeiras. Como havia muitas pessoas estrangeiras lá ouvindo-os, elas ficaram surpresas por eles falarem nas próprias línguas delas.

Uma explicação simples, espírita, bíblica e científica desse fenômeno do Pentecoste Cristão é que foi um fenômeno mediúnico envolvendo vários espíritos de várias línguas recebidos pelos apóstolos em transe (todos eram médiuns), e as pessoas de várias línguas lá presentes entenderam as suas respectivas línguas faladas pelos espíritos de suas regiões através dos médiuns (pneumatas) apóstolos.

Para saber mais, recomendamos dois livros com o mesmo título de “Xenoglossia” de dois cientistas: o americano Ian Stevenson, diretor do Departamento de Psicologia e Parapsicologia da Universidade de Virginia, e o outro é o italiano Ernesto Bozzano.

Esse fenômeno do Pentecoste Cristão nada tem a ver com o respeitado Espírito Santo Trinitário, que só foi criado pelos teólogos trinitaristas no IV Século. Mas, com o tempo, esses teólogos adaptaram-no ao seu Espírito Santo, e é claro, colocaram-no na Bíblia, o qual, na verdade, ficou representando todo e qualquer espírito comunicante que pode ser bom ou mau, ou seja, pouco evoluído.

Concluímos essa coluna repetindo que os fenômenos do Pentecoste Cristão são realmente mediúnicos e que, para a doutrina espírita, representam o início do Consolador Prometido pelo excelso Mestre.

Artigo publicado no jornal O Tempo em 23/09/2024
PS: (*) Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior. Palestras e entrevistas em TVs com ele no YouTube e Facebook. Seus livros estão na Amazon, inclusive os em inglês, e a tradução da Bíblia (N.T.). Contato (Cássia e Cléia): contato@editorachicoxavier.com.br ou jreischaves@gmail.com 

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José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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