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Pneumatas, médiuns do início do cristianismo

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A criação do Espírito Santo no Concílio de Constantinopla

Outro nome para o espiritismo é espiritologia, que é a ciência dos espíritos. Kardec foi o primeiro cientista a estudar os espíritos. E, com o auxílio deles próprios e através de vários médiuns de 40 países, escreveu “O Livro dos Espíritos”, que é uma síntese de tudo sobre os espíritos, e outras obras renomadas, entre elas, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Médiuns”, considerado o primeiro livro de parapsicologia do mundo.

Meus leitores assíduos já conhecem boa parte do conteúdo desta coluna. Mas, para os novos leitores de O TEMPO e, também, seguindo a moda didática dos professores que, para melhor facilidade de aprendizagem dos alunos, repetem os assuntos, adoto também essa prática, repetindo assuntos que são complicados como o é o Espírito Santo Trinitário – que, diga-se de passagem, é mesmo uma das doutrinas mais complicadas criados pelos teólogos do cristianismo, desde seus primeiros tempos. E o pior é que eles, até hoje, fazem parte dos ensinos doutrinários cristãos, embora frequente e reservadamente, muitos de seus próprios pregadores declarem que têm dificuldades para crer em alguns deles.

Vamos ao assunto. Os cristãos primitivos que recebiam espíritos eram conhecidos por pneumatas, ou seja, pessoas que, hoje, chamamos de médiuns. Os espíritos podem ser bons, já bem evoluídos, ou maus, ainda atrasados. Daí, João nos recomendar que examinemos os espíritos (Primeira Carta de João 4: 1), pois, os espíritos ou “daimones”, para merecerem crédito têm que ser de Deus, isto é, do bem.

Quando foi criada a Santíssima Trindade, em 381, no Concílio Ecumênico de Constantinopla, foi necessária a criação do Espírito Santo para completar as Três Pessoas Trinitárias.

O Espírito Santo, na verdade, como demonstra a Bíblia, em algumas de suas passagens pouco faladas, é o conjunto dos “daimones” ou espíritos dos mortos, muito conhecidos dos “pneumatas” já referidos. Mas num exemplo de ego inferior bem aflorado, os teólogos começaram a ensinar que o clero recebia o Espírito Santo (tido de modo meio confuso como sendo o Espírito de Deus; mas na verdade, pela Bíblia, um espírito santo ou bom, do bem, portanto, de Deus, mas não o da identidade do próprio Deus, enquanto os leigos só recebiam “daimones” maus – espíritos ou almas maus).

Esse assunto ficou muito confuso durante muito tempo. Aqui, dado o espaço limitado, não podemos entrar nos pormenores que, entretanto, como dissemos, já abordamos, parcialmente em várias matérias dessa coluna, mas também, de modo incompleto. No meu livro “A Face Oculta das Religiões”, deu para eu desenvolver bem essa questão, que recomendo para quem quiser saber mais sobre esse assunto.

Artigo publicado no jornal O Tempo em 31/10/2023
PS: Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior, a tradução da Bíblia (NT) e a 2ª edição revisada e ampliada na introdução e com notas inéditas. Cássia e Cléia. contato@editorachicoxavier.com.br
Para quem quiser acompanhar a discussão da coluna no jornal O Tempo. (CLIQUE AQUI)

José R. Chaves
José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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