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Pneumatologia, profetismo e os trinitaristas

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O fenômeno mediúnico

Meus leitores já têm um certo conhecimento do assunto da Santíssima Trindade que vamos tratar hoje. Mas sempre aparecem assuntos novos de algum novo leitor. E, assim, com prazer, volto outras vezes ao assunto e sempre com outros argumentos com que somos inspirados ou intuídos diante das novas questões surgidas.

E vamos ao assunto. Desde os seres humanos mais antigos, sempre houve com alguns deles o fenômeno mediúnico ou do profetismo e pneumatologia. Aliás, foi sempre com alguém, médium, chamã, pajé, pneumata, profeta, vidente, ou seja, pessoas que têm contatos com espíritos, que surgiram as religiões.

Esclareço que a internet está cheia de artigos de padres e pastores contrários à doutrina espírita, enquanto os dos espíritas são poucos, pois, eles ainda são minoria. E, com isso, até parece que as doutrinas dos padres e pastores é que estão certas. Mas sem querer fazer sectarismo, a doutrina espírita é que é, verdadeiramente, bíblica, racional e científica.

Hoje, com a fase do espiritismo-ciência, os fenômenos espiritas até têm sido tese de doutorado de várias universidades e enfraquecido bem o materialismo mundo afora.

Eis exemplos bíblicos de contatos com espíritos: A médium de Endor, por meio da qual Saul comunicou-se com o espírito de Samuel já desencarnado (1 Samuel capítulo 28). Os contrários ao espiritismo dizem que o contato foi com um demônio. Ora, pela Bíblia, “NT”, demônio em grego (“daimon”) é espírito desencarnado, que pode ser mau sim, mas também bom e até santo canonizado… E diz a Bíblia que Samuel profetizou até depois de morto. (Eclesiástico ou Siracides 46:20).

Em Deuteronômio 18, Moisés proíbe o contato com os espíritos dos mortos. Por que o proibiu? Será que é porque alguns médiuns da época eram mercenários e trapaceiros, ou porque era grande a ignorância sobre a mediunidade?

Em Números 11: 26, o espírito repousou sobre Heldade e Medade. E eles profetizavam e foram elogiados por Moisés. Mas qual espírito, o do próprio Deus ou um espírito de Deus? Com a passagem seguinte de João, dá para entender que o espírito repousado em alguém não é o do próprio Deus. Vejamos. Na sua Primeira Carta 4: 1, João recomenda-nos que examinemos os espíritos, pois só podemos dar crédito aos bons, já que o mundo estava cheio de falsos profetas!

Outro exemplo reforça que o espírito não é de Deus, agora, de Paulo, que pede a Deus que envie aos Efésios um espírito de sabedoria (Efésios 1: 17). Não é, pois, nos dois casos, o Espírito do próprio Deus nem o Espírito Santo da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

Como se vê, os teólogos trinitaristas erraram grande!

Artigo publicado no jornal O Tempo em 23/10/2023
PS: Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia” na TV Mundo Maior, na Grande SP, e a tradução da Bíblia (Novo Testamento), 2ª edição, ampliada na introdução, revisada e com notas inéditas interlineares e em negritos, (31) 3637-1048, Cássia e Cleia. contato@editorachicoxavier.com.br
Para quem quiser acompanhar a discussão da coluna no jornal O Tempo. (CLIQUE AQUI)

José R. Chaves
José R. Chaves
Escritor, professor de português, jornalista, biblista, teósofo, pesquisador de parapsicologia e do Espiritismo. Tradutor de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. E autor dos livros, entre outros, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” e “A Face Oculta das Religiões”, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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