A minha intenção é de fazer críticas construtivas, e não destrutivas, às religiões. O pintinho, ao nascer, deixa a casca pra trás. A borboleta abandona o casulo. A lei da evolução é tão real e poderosa que, como já disse alguém, ela é igual à lei da gravidade.E por que ela não aconteceria também no cristianismo? Aos trancos e barrancos, ela acontece.
Quando uma religião é prejudicada na sua evolução, ela se divide, como vem acontecendo, há séculos, com o cristianismo. Realmente, algumas doutrinas violentam-no, diminuem-no e fazem crescer o número de incrédulos e até de ateus entre os que deveriam ser cristãos. Poderia um cristão de hoje aceitar a Inquisição como sendo uma coisa certa e normal? E por que, então, um religioso de hoje aceitaria a idéia exótica e mitológica sobre Deus de um religioso da Antigüidade? Salve-se a teologia cristã.
E não se trata de mudar Deus, mas de substituir os conceitos humanos arcaicos e supersticiosos de Deus por outros condizentes com a nova visão científica e filosófica do mundo moderno.Com efeito, é necessária a evolução das religiões, a não ser para quem não faça questão de permanecer no erro ou ignore a realidade das teologias.
São Paulo ensinou que, enquanto o cristão é um neófito, ele deve ser tratado como criança que toma mingau, mas que, quando já adulto na doutrina cristã, dãose-lhe alimentos sólidos.
E o “Apóstolo dos Gentios” ainda ensinou também que nós temos que nos desvestir do homem velho e vestir-nos do homem novo. E também Jesus conheceu a realidade da evolução. Ele disse que ainda tinha muitas coisas para falar aos seus discípulos, mas que não o fazia, porque eles não podiam suportá-las.
Disse mais: que nos enviaria o Consolador, que é, na verdade, uma plêiade de espíritos santos enviados e controlados por Jesus, os quais nos consolam com novas revelações, complementando, assim, o seu ensino. E só num futuro longínquo, quando já bem evoluídos e conhecedores da verdade plena, é que nós nos libertaremos: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”.