Muitos detratores do Espiritismo, não tendo argumentos lógicos e suficientes para refutar seus princípios, buscam, desesperadamente, encontrar outros meios de “abalar” seus alicerces, atacando as pessoas e não os seus pensamentos. É uma atitude totalmente fora de propósito, sem falar que também é anticristã.
05/10/2020
Muitas pessoas buscam relativizar as coisas, especialmente quando algo vai contra sua maneira de pensar, acreditando ingenuamente que isso faz a verdade ir para o lado deles. Um ponto sobre o qual não devemos abrir mão é a questão da lógica, pois, sem ela, os fatos mais absurdos tornam-se realidade.
Vamos relatar uma situação hipotética antes de falarmos do fato a que nos propomos abordar, visando estabelecer a base lógica com a qual devemos encará-lo.
Numa cadeia pública, de uma certa cidade, havia um preso que tinha sido condenado há pouco tempo, pelo crime de homicídio, a que era vigiado por dois guardas. Determinado dia, esse preso foi visto andando pelas ruas da cidade rumo à estrada que dava acesso a uma rodovia principal, que levava à capital do Estado. Entretanto, não conseguiu ir muito longe, pela pronta ação do delegado local, que conseguiu capturá-lo antes que sumisse completamente do mapa.
Interrogado, afirmou que um dos guardas o havia expulsado da cadeia. Querendo saber o que realmente havia ocorrido, o delegado convocou os dois guardas para interrogatório, o que fez em separado. Um deles disse-lhe que o preso estava mentindo que, na verdade, ele havia fugido, enquanto o outro guarda vem com a versão de que, por ser parente próximo do preso, ele simplesmente o deixara sair.
Assim, o delegado se viu diante de três versões para um mesmo fato; e o pior, sem ter como definir o real motivo pelo qual o preso saiu da cadeia: se fugiu, foi expulso ou o deixaram sair.
Lembramo-nos de São Jerônimo que disse que “A verdade não pode existir em coisas que divergem”. Se esse pensamento estiver certo (e acreditamos que está), então não há como fugir do fato de que dois personagens dessa história estão faltando com a verdade. E para nós, essa é a lógica que se deve aplicar ao caso, bem como aos que se lhe assemelham.
E por mais estranho que pareça, essa é uma história que se assemelha a que se conta sobre a saída dos hebreus do Egito. São três versões que a Bíblia nos traz: 1ª – foram expulsos (Ex 12,39); 2ª – o Faraó os deixou sair (Ex 13,17); e 3ª – fugiram (Ex 14,5). Há, ainda, a afirmativa de que foi o próprio Deus quem os tirou da servidão (Ex 20,2), será que poderíamos considerá-la uma outra versão?
Levando-se em conta a frase citada, podemos, então, dizer que, em boa lógica, somente uma das versões é verdadeira; com isso, a tese dogmática da inerrância bíblica cai por terra, para desgosto dos que se deixaram fanatizar pelos argumentos dos teólogos, que nunca se basearam na verdade; mas em se manterem, se não no poder, pelo menos em evidência.
Embora saibamos que poderão nos contestar, afirmando que o fato é um só, e que a eventual divergência de narração decorre da visão dos narradores bíblicos, porque Deus é infalível, afirmamos que, ainda que se atribua tais erros a Seus enviados, eles são considerados como sendo inspirados por Ele; tal fato, seguindo-se a lógica, impede que se admita a existência, de um único erro sequer, da parte de Deus, sob pena da infalibilidade divina ser maculada.
Paulo da Silva Neto Sobrinho
dez/2010.
Quanto mais desenvolvemos nossos estudos sobre o tema reencarnação mais estamos vendo que, infelizmente, muitas coisas foram expurgadas das Sagradas Escrituras, pois a verdade pouco importa às lideranças religiosas, quando objetivam justificar e manter seus dogmas; dogmas esses que ainda servem aos interesses dessas lideranças, que buscam, de todas as formas, fazer com que seus fiéis permaneçam na ignorância e assim sigam acreditando em teologia das do tipo “Adão e Eva”.
É extremamente importante para evitar mal-entendido, informamos que o texto original desse ebook, foi escrito em 14 de dezembro de 2005, portanto, data em que o famoso “parapsicatólico” ainda estava vivo e verberando contra o Espiritismo.
O que, no momento, fizemos foi apenas transformá-lo em ebook, usando da formatação padrão que temos feito com todos os outros que publicamos.
E desde o início de 2006 ele já estava disponível em nosso site www.paulosnetos.net.
Assim, fica claro que não estamos “atacando” alguém que não pode se defender.
Em nossos estudos, sobre os mais variados temas bíblicos, sempre encontramos alguns que nos chamam mais a atenção, quer por se classificar entre os mais falados quer por ser inusitado. Alguns ficam insistentemente como que martelando em nosso pensamento, que só saem quando resolvemos fazer um estudo sobre eles. Se isso é inspiração não sabemos, mas que sentimos como algo fora de nós, isso sim.
O nosso tema de agora é sobre a tão famosa Torre de Babel, que, segundo a Bíblia, deu o início à multiplicidade de línguas faladas na terra, como resultado do castigo Divino a seus construtores. Analisemos, então o texto bíblico.
Cada vez mais tomamos consciência de que devemos pedir a Deus que nos mande o maior castigo (arder no “mármore do inferno”?), mas não permita que nos transformemos num fanático religioso. Esse tipo de gente se abdica de usar a inteligência para aceitar como verdade tudo quanto relata a Bíblia. Não fazem a menor questão de questionar seus disparates científicos, suas muitas contradições; para eles continua valendo o “creio, ainda que absurdo”.
Recebemos um e-mail no qual um internauta nos apresenta “provas” de que o milagre realizado por Moisés em “abrir” o Mar Vermelho realmente aconteceu, visando refutar o nosso texto “Mar Vermelho: a travessia que não existiu”. A base para sustentar isso é um arquivo em PPS intitulado “A travessia do Mar Vermelho – Investigação arqueológica Wyatt”, com nove slides, sem qualquer identificação do autor, apenas com a informação de que foi traduzido do espanhol: El Cruce del Mar Rojo Investigación Arqueológica Wyatt.
Percentual de pessoas com 15 anos ou mais de idade, por nível de instrução, segundo os grupos de religião – Brasil – 2010
Muitos líderes religiosos só querem mesmo é pregar doutrinas inerentes aos seus interesses profanos e não as do reino dos céus, que são as que nos fazem realmente evoluir na busca da perfeição do Pai.
A verdadeira religião é a que nos leva a sermos servidores de nossos semelhantes. Esse é um dos ensinos nucleares do Evangelho de Jesus. “Eu não vim para ser servido, mas para servir” (Mateus 20,28). E serve-se a Deus, servindo-se ao próximo. De fato, é a prática do amor que nos leva à senda da perfeição.“Conhecem-se os meus discípulos por se amarem eles uns aos outros” (São João 13, 34 e 35).
Certas doutrinas religiosas do cristianismo, e suas cerimônias e rituais -embora devamos respeitá-los – servem mais é para dar prestígio e lucro material para os líderes espirituais, sendo isso uma das causas do êxodo de fiéis para outras religiões. Não foi, pois, à toa que o Mestre proclamou que o amor ao próximo é superior a essas coisas.
Segundo Ele, se nós estivermos no altar fazendo oferendas a Deus e lembrarmo-nos de que não estamos bem com um nosso semelhante, devemos interrompê-las e reconciliar-nos, primeiro, com o nosso semelhante, e só, então, poderemos voltar às oferendas (Mateus 5,24). Jesus nos lembra, pois, que o amor ao próximo é mais importante do que as ofertas a Deus, prescindíveis para Ele, enquanto que a reconciliação e a paz entre nós são-nos imprescindíveis para sermos verdadeiramente felizes.
O amor a Deus é fácil, mas é difícil amarmo-nos incondicionalmente uns aos outros, como proclama o Nazareno. Assim, portanto, a religião, que dá primazia a doutrinas e a práticas estranhas às ensinadas pelo seu Evangelho, não traz salvação para ninguém, salvação essa que fica, pois, para uma outra vida futura, graças à verdade incontestável da misericórdia e amor infinitos do Pai para com todos nós, os quais são os fundamentos em que se apóiam não só os pilares da Teologia Cristã, mas também, da de todas as demais religiões!
Circula na internet um texto intitulado “11 perguntas feitas ao diabo”, cujo autor não conseguimos descobrir quem seja, que nada mais faz que cultivar o que denominamos de Terrorismo Religioso, tentando levar adiante a inconcebível ideia de um ser que está no mesmo nível da divindade, porém, se dedicando ao mal; enquanto isso, Deus procura levar as almas para o gozo no paraíso e ele, Lúcifer, faz de tudo para “puxar” as almas para o inferno, para lá mantê-las, por toda a eternidade, num caldeirão, a fogo brando, cozinhando-as, sem, entretanto, as consumir.
O filósofo Léon Denis (1846-1927), que se tornou , após a morte de Kardec, num dos principais continuadores do Espiritismo, falando, em nota constante da obra Cristianismo e Espiritismo, sobre as relações dos primeiros cristãos com os espíritos, da qual tomamos o título para usá-lo nesse texto, afirmou o seguinte: