Muitos líderes religiosos só querem mesmo é pregar doutrinas inerentes aos seus interesses profanos e não as do reino dos céus, que são as que nos fazem realmente evoluir na busca da perfeição do Pai.
A verdadeira religião é a que nos leva a sermos servidores de nossos semelhantes. Esse é um dos ensinos nucleares do Evangelho de Jesus. “Eu não vim para ser servido, mas para servir” (Mateus 20,28). E serve-se a Deus, servindo-se ao próximo. De fato, é a prática do amor que nos leva à senda da perfeição.“Conhecem-se os meus discípulos por se amarem eles uns aos outros” (São João 13, 34 e 35).
Certas doutrinas religiosas do cristianismo, e suas cerimônias e rituais -embora devamos respeitá-los – servem mais é para dar prestígio e lucro material para os líderes espirituais, sendo isso uma das causas do êxodo de fiéis para outras religiões. Não foi, pois, à toa que o Mestre proclamou que o amor ao próximo é superior a essas coisas.
Segundo Ele, se nós estivermos no altar fazendo oferendas a Deus e lembrarmo-nos de que não estamos bem com um nosso semelhante, devemos interrompê-las e reconciliar-nos, primeiro, com o nosso semelhante, e só, então, poderemos voltar às oferendas (Mateus 5,24). Jesus nos lembra, pois, que o amor ao próximo é mais importante do que as ofertas a Deus, prescindíveis para Ele, enquanto que a reconciliação e a paz entre nós são-nos imprescindíveis para sermos verdadeiramente felizes.
O amor a Deus é fácil, mas é difícil amarmo-nos incondicionalmente uns aos outros, como proclama o Nazareno. Assim, portanto, a religião, que dá primazia a doutrinas e a práticas estranhas às ensinadas pelo seu Evangelho, não traz salvação para ninguém, salvação essa que fica, pois, para uma outra vida futura, graças à verdade incontestável da misericórdia e amor infinitos do Pai para com todos nós, os quais são os fundamentos em que se apóiam não só os pilares da Teologia Cristã, mas também, da de todas as demais religiões!