Iremos comentar um texto que o pastor João Flávio Martinez enviou a um nosso amigo, do qual recebemos uma cópia. Embora já tenhamos enviado ao pastor dezesseis textos de nossa autoria sobre o assunto, vamos mesmo assim analisá-lo.
30/09/2020
Parece que essa questão incomoda muito certas pessoas, o que encontramos de livros e textos contrários à reencarnação, não é brincadeira. Porque será que isso acontece? Qual é o problema fundamental desse princípio? Quando uma coisa não tem nenhum valor ninguém se preocupa com ela. Não se gastaria tanta tinta e papel para tentar derrubá-la, se não fosse algo em que, os contrários, não vissem nela um grande perigo. Mas que tipo de perigo é esse? É o perigo de desestruturar toda teologia dogmática que vem sendo passada de geração a geração. Teologia essa usada para manter o status do poder para uns e o do dinheiro para muitos outros.
Chega-nos a notícia de que um determinado líder religioso, querendo justificar que sua religião é boa, disse que o Deus dele é bom, mas que no Espiritismo isso não acontece, pois nosso Deus é cruel, já que faz com que pessoas renasçam aleijadas e outras com muito sofrimento. Estaria ele admitindo a existência de mais de um Deus?
Certos indivíduos agem como um verdureiro que, querendo provar que o tomate que vende é bom, usa do argumento de que o do seu concorrente é que é ruim, enquanto que deveria demonstrar que seu produto é bom, por razões de qualidade, sabor, visual, etc.
Gostaríamos de saber como eles conseguem explicar que Deus, sendo bom, faça nascer criaturas aleijadas, cegas, surdas, mudas, paralíticas, sem usar como argumento o princípio da reencarnação. Se vivermos, conforme pregam, uma só vida, que nos apresentem seus argumentos para estabelecer essa bondade do Deus que seguem, já que as pessoas nascem dessa forma, independentemente de acreditarem na reencarnação ou não. Por outro lado, como conciliar essas situações com “Deus não faz acepção de pessoas” (At 10,34). Porventura não mais prevalece o “…vós que sois maus sabeis dar boas coisas a seus filhos, quanto mais o Pai Celestial…” (Mt 7,11)?
Introdução
Caro leitor, não estranhe o título desse texto, mas realmente “suicidaram” Allan Kardec. Os fundamentalistas, por falta de argumentos que venham a derrubar as bases da Doutrina Espírita, passam a alardear, aos quatro ventos, que Kardec teria se suicidado. Recentemente recebemos um e-mail, que de tão engraçado não houve como nos conter, e só com muito esforço conseguimos parar de rir, pois nele um evangélico, literalmente, disse:
Se suicidou (A. Kardec) de tão obcediado (sic) que foi pelos chamados espíritos de luz, estes mesmos espíritos que são a chave da doutrina espírita…
Apertado pelos nossos questionamentos esse pobre desinformado acabou confessando que:
Quanto a Allan Kardec (se suicidou ou não) não obtive esta informação através de pesquisa, mas sim dos meus próprios familiares espíritas o que me fez ficar envergonhado no que relatei a você, em e-mail anterior. Confesso que acredito no que você me relatou a respeito deste assunto pois, considero e sei o que digo. Você não é só um estudioso, mais um praticante.
Louvável essa sua atitude, pois acabou, honrosamente, por confessar que não havia obtido essa informação de fonte insuspeita, cuja fundamentação só pode ser feita em pesquisadores ou biógrafos. Só que ficamos a pensar que “tipo” de Espiritismo frequentam os familiares dele para lhe passar uma informação dessas. Até aí, isso não passa de evidente anedota, e põe anedota nisso…
Mas aproveitando a oportunidade, para um esclarecimento sobre as circunstâncias da morte de Kardec, vamos passar a você, caro leitor, o que encontramos a respeito. E quem sabe se esse texto não venha a cair nas mãos de pessoas interessadas na verdade dos fatos, já que detratores, sem base de pesquisa séria, buscam denegrir Allan Kardec, por absoluta incompetência de lhe refutar os argumentos lógicos e racionais.
Sempre acompanhamos a coluna de Carlos de Brito Imbassahy, Qual é a Dúvida?, no Jornal Espírita, editado pela FEESP, onde podemos esclarecer dúvidas que sempre temos. Na edição de nº 302, mês outubro de 2000, lemos sua resposta a um leitor que lhe questiona a propósito das provas que possam existir no Evangelho sobre a condenação de princípios da Doutrina Espírita.
Uma das grandes polêmicas no meio espiritualista, durante o século XX, e que prossegue até hoje, é se a Umbanda é uma prática religiosa espírita ou não. A Umbanda surgiu com o médium Zélio de Moraes, no início do século passado, após incorporar o caboclo que se denominou sete encruzilhadas. Atualmente, não há ainda uma uniformização ou uma padronização no seio umbandístico brasileiro. Há agrupamentos que sincretizaram a Umbanda com os cultos afro-brasileiros aqui já existentes; há aqueles mais próximos do kardecismo, sem rituais, congas etc., há os que buscam na Índia a origem da Umbanda, entre tantas outras modalidades de trabalho mediúnico chamado de “Umbanda”. Em suma, cada casa umbandista possui sua “metodologia”.
por Adilson Marques
As palavras gregas “homoiousios”(de substância semelhante) e “homoousios”(de mesma substância) dividem os cristãos em dois “partidos”, o do i (arianos) que não aceita que Jesus é Deus, e o do sem i (atanasianos) que sustenta o contrário, e foi vitorioso em Nicéia (325), com Constantino se declarando “Bispo Universal da Igreja”.
Segundo uns, foi como homem que Jesus falou que o Pai é maior do que Ele. Mas a União Hipostática da teologia sustenta a inseparatividade do Verbo da natureza humana, e que há uma só Pessoa Divina em Jesus Cristo. Aliás, isso se instituiu na tentativa de reforçar que Jesus é Deus. Mas Ele é só Deus relativo, como todos nós o somos (João 10,34), pois Deus absoluto é só o Pai. “Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (João 20,17).
Quanto à preexistência de Jesus, em espírito (Verbo), já no tempo de Abraão, a Bíblia e a reencarnação nos mostram que os espíritos preexistem à criação dos seus corpos: “Antes que eu te formasse no ventre da tua madre, eu já te conheci” (Jeremias 1,5). Jeremias, entretanto, não é Deus.
Quando Jesus disse que onde houvesse dois ou mais reunidos em seu nome, Ele estaria no meio deles, trata-se de reuniões de paz, harmonia e preces, e não das reuniões dos primeiros concílios, as quais eram polêmicas e de homens irritados, com ameaças, inclusive, de morte. E a afirmação de que Jesus foi gerado (“homoousios”) e não criado (“homoiosios”) é um jogo de palavras.
Perdoem-me os que pensam diferente, mas isso é conversa pra boi dormir! Kardec, discordando dos teólogos, afirmou tal qual Jesus que nós somos filhos de Deus. E Jesus chamou Deus de Pai nosso, isto é, Dele e de nós, e não só Dele, e criador de nós. E Jesus é o Primogênito das Criaturas, portanto, Ele foi criado, e Deus é incriado.
Segundo Jesus, nós podemos fazer coisas maiores que Ele. Se Ele fosse Deus mesmo, seria isso possível? E Deus oraria a outro Deus? Se ora, qual é o verdadeiro? Realmente, perante a Bíblia e a razão, há um só Deus. E é interessante que essa grande verdade se sustente por um i!
No Jornal Espírita, nº 317, de janeiro de 2002, especificamente na coluna “Qual é a Dúvida”, de responsabilidade de Carlos de Brito Imbassay, foi transcrita para os leitores a seguinte mensagem:
Recebemos, com uma solicitação para respondermos, do administrador do site www.espiritismogi.com.br essa curiosa mensagem, postada em 25.01.2007:
Imaginem, nos dias de hoje, alguém acreditando num ser que vive disputando com o Criador do Universo as almas que saíram de Suas “mãos”. Entretanto, e por incrível que pareça, ainda há os que acreditam piamente nas artimanhas de satanás.