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Contra-resposta a um adventista

Se todos possuem o pleno direito de pensar livremente, mesmo em matéria religiosa, não podendo sequer conceber-se alguém que renuncie a esse direito, então todos são igualmente possuidores do pleno direito e da plena autoridade de julgar em matéria religiosa e, consequentemente, de a explicarem e interpretarem para si próprios. (ESPINOSA, 2003).

Acontece que a verdade é, às vezes, para todos nós seres humanos, o que menos queremos ouvir, principalmente com relação aos nossos princípios religiosos, pois o nosso ego aflora… ninguém quer ser humilde o bastante para reconhecer os seus erros. (CHAVES, 2001).

Introdução

As considerações que fizemos ao desafio do professor Azenilto, foram objeto de refutação de sua parte; o que era de se esperar, pois fundamentalista não deixa de rebater absolutamente nada, pouco lhe importando se tem razão ou não, inclusive, com a particularidade de querer sempre ser o último a falar, pensando, com isso, ter sido o ganhador.

O nosso texto intitulado “Será que Saul conversou com Samuel-espírito?”, disponível na net, é o que contém as nossas considerações anteriores.

Há pessoas que conseguem se expressar tão bem, que seu pensamento atravessa os séculos como se fosse dito recentemente; é o caso, por exemplo, de Espinosa:

Toda a gente diz que a Sagrada Escritura é a palavra de Deus que ensina aos homens a verdadeira beatitude ou caminho da salvação: na prática, porém, o que se verifica é completamente diferente. Não há, com efeito, nada com que o vulgo pareça estar menos preocupado do que em viver segundo os ensinamentos da Sagrada Escritura. É ver como andam quase todos fazendo passar por palavra de Deus as suas próprias invenções e não procuram outra coisa que não seja, a pretexto da religião, coagir os outros para que pensem como eles. Boa parte, inclusive, dos teólogos está preocupada é em saber como extorquir dos Livros Sagrados as suas próprias fantasias e arbitrariedades, corroborando-as com a autoridade divina. (ESPINOSA, 2003, p. 114). (grifo nosso)

Exatamente como vemos as coisas acontecendo nos dias de hoje, mormente com aqueles que se apegam aos conceitos teológicos do passado, muitos dos quais, sabidamente, foram criados para sustentar dogmas e manter o domínio do medo sobre as massas, seu teor é de tão evidente contraste com a razão, que, em sua maioria, tiveram que ser impostos a ferro e fogo.

 

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Paulo Neto
É palestrante e articulista da Mídia Escrita Espírita e não Espírita, com vários artigos publicados em um grande número de jornais e revistas, muitos dos quais poderão ser encontrados na Internet e principalmente neste site.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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