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O Espiritismo e os vários “fins do mundo”

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Vem dos idos de 1950 a tentativa de tornar o movimento espírita um disseminador de previsões catastrofistas de “fim dos tempos”. Para muitos que ainda não haviam estudado e aprofundado conhecimentos da Codificação Espírita, as previsões atribuídas aos Espíritos, alguns deles tidos como superiores apenas pelo fato de serem espíritos ou terem sido apresentados como tal, representavam a confirmação das profecias de João, o Evangelista, contidas na Bíblia, ou ainda das previsões de NostradamusEdgar Cayce, entre outros.

Embalados pelo livro “Mensagens do Astral” de Hercílio Maes/Ramatis (1956), passou-se a divulgar que o fim dos tempos estava próximo devido à suposta aproximação de um enorme astro que provocaria a elevação abrupta do eixo terrestre, causando destruição por toda parte e ceifando a vida de 2/3 dos habitantes do planeta até o ano de 1999. Muitos indivíduos e instituições, espíritas ou não, compraram a ideia. Um dos primeiros foi Alziro Zarur, fundador da LBV (Legião da Boa-Vontade), que através de seus programas radiofônicos diários anunciava que deveriam todos se acautelar, pois de 1000 havia passado, mas de 2000 não passaria. Outro que, desta feita em nome do Espiritismo, passou a divulgar as catástrofes vindouras foi Edgard Armond, que, conforme já estudamos no artigo “Universalismo e Movimentos Cismáticos“, admirava e acreditava nos escritos atribuídos ao espírito Ramatis.

No entanto, os anos de 1999 e 2000 se passaram e nada de extraordinário aconteceu. Terremotos, erupções vulcãnicas, maremotos, enfim, toda uma série de eventos ocorreram como desde sempre se deram na face do planeta, sem que 1% do que fora previsto por Ramatis tivesse ocorrido.

Setembro/2021

Clique aqui e baixe o PDF com o texto na íntegra

Artur Azevedo
Artur Azevedo
É articulista do GAE desde 2022. É bacharel em Relações Internacionais, tradutor e professor de língua inglesa. Nascido em lar espírita, atua no Movimento Espírita desde os 21 anos. Possui quatro livros publicados, sendo um em co-autoria.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.

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