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Allan Kardec e suas reencarnações

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Prefácio

O Espiritismo é, sem dúvida, um convite à fé raciocinada, um chamado à razão e ao bom-senso. Das páginas das obras kardecianas abundam informações e instruções de alto valor intelecto moral que, se bem entendidas e aproveitadas, facilitam em muito uma mais célere caminhada do Espírito imortal rumo à perfeição ao qual anseia e para a qual foi criado.

Espíritos de grande evolução volta e meia vêm à Terra com a missão de lançar luzes sob o mar de ignorância e escuridão espiritual deste nosso planeta de provas e expiações, habitado predominantemente por espíritos mal saídos das teias do primitivismo. Dentre esses espíritos já adiantados na escala evolutiva, não poderíamos deixar de destacar o insigne Allan Kardec, pseudônimo utilizado pelo professor francês Hippolyte León Denizard Rivail para que não confundissem as obras da Codificação Espírita como sendo mais uma de sua exclusiva autoria – gesto esse de humildade e sensatez, próprio daqueles que já se libertaram das teias do orgulho e da vaidade, embora seu papel tenha sido fundamental para aquele grandioso trabalho de revelação espiritual. Não estava interessado pelas luzes enganosas da fama e do dinheiro, mas unicamente nos benefícios que poderia espargir em direção aos seus semelhantes.

No entanto, passados mais de 150 anos do retorno do Codificador à Pátria Espiritual, o mundo terreno continua sendo vitimado pelos retardatários da caminhada, ainda deslumbrados pelo brilho do vil metal e pelos holofotes da fama. Servindo-se desonestamente das páginas de luz das obras kardecianas e manipulando uma série de obras mediúnicas sem lastro na Codificação, certos indivíduos, passando-se por espíritas fiéis e dedicados, vêm procurando explorar a curiosidade vazia de grande número de adeptos ao lançarem conjecturas sobre uma possível volta de Allan Kardec ao palco terreno. Tal esforço até poderia ser considerado justo e nobre se não estivesse impregnado por interesses escusos, com o que intentam arrastar os espíritas para o ludibrio e o engodo, travestidos sempre de “verdades espirituais”. Passando-se por canais exclusivos de comunicação de médiuns de destaque, como F. C. Xavier, enquanto este ainda vivia entre nós, alegam ter ele afirmado que era Allan Kardec reencarnado. No passado, antes dele, muitos outros nomes já tinham sido aventados, mas jamais se viu, como agora, tanto esforço para convencer as multidões de crédulos apressados sobre tal tese tão mal construída. Entrevistas passaram a virar artigos, artigos viraram livros, livros se transformaram em ensejo para o surgimento de editoras (!) – e assim se estabelece um autêntico mercado, onde o compromisso não é com a pesquisa séria, com o esclarecimento honesto, mas com a exploração de uma teoria sem qualquer embasamento com o intuito de angariar vantagens e atrair consumidores de pseudoverdades.

Na contramão desses interesses, Paulo Neto nos oferece um estudo sóbrio e embasado, consubstanciado em informações e pesquisas onde a intenção é a de demonstrar possibilidades no que tange ao passado e futuro reencarnatório do Codificador. Sem afirmar nada categoricamente, mas apontando caminhos para o conhecimento, Paulo Neto traz, de maneira lúcida, o que de mais relevante podemos encontrar sobre o tema. Rogo ao leitor que aproveite bem o conteúdo dessas páginas por meio da mesma reflexão e lógica que o Codificador desde sempre nos incitou a seguir no que tange aos assuntos do espírito. O movimento espírita, a parte humana que nos toca, só tem a ganhar com tão louvável esforço de esclarecimento e busca sincera pela Verdade.

Artur Felipe Ferreira
escritor e tradutor, natural e residente em Niterói (RJ)

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Paulo Neto
Paulo Neto
É palestrante e articulista da Mídia Escrita Espírita e não Espírita, com vários artigos publicados em um grande número de jornais e revistas, muitos dos quais poderão ser encontrados na Internet e principalmente neste site.
Esta reflexão não necessariamente representa a opinião do GAE, e é de responsabilidade do expositor.