As sínteses dialéticas têm um papel profundo na história como um todo. Desde o Evangelho do Cristo – composto dos erros e acertos da primeira revelação para se constituir, então, de um caráter universal – até o Espiritismo de Kardec – como a síntese dos conhecimentos hauridos pelo homem ao longo dos tempos. A reencarnação, por sua vez, surge como consequência lógica destas sínteses, onde a justiça de Deus evidencia-se, confirmando, em espírito e verdade, a sua bondade infinita.
14/05/2020
Vamos analisar vários textos bíblicos visando comprovar que a mediunidade se apresenta na Bíblia, para todos aqueles que “têm olhos de ver”. Em nossa opinião, os espíritas que têm um razoável conhecimento doutrinário, são capazes de identificar vários fenômenos mediúnicos na Bíblia, e consequentemente a mediunidade, já que esses só acontecem por meio dela.
Talvez, a questão da influência dos Espíritos sobre nós, os Espíritos encarnados, seja um dos princípios do Espiritismo que maior interesse, desperta nos seus neófitos e nos que lhe tem simpatia. O que desperta esse interesse, possivelmente, seja a questão de a possibilidade de todos nós sermos influenciados por eles, sem que o percebamos.
Primeiramente, registro o meu agradecimento a Paulo Neto, pesquisador e estudioso da doutrina espírita que através do seu trabalho com seriedade, responsabilidade com o corpo doutrinário, e como sabemos raros sãos os estudiosos dessa estirpe, na qual ele se destaca. Agradeço pelo convite, pelo incentivo e pela confiança, no tão pouco desenvolvimento que ainda me encontro na formação de textos.
Apesar de continuamente estarmos perscrutando, até hoje não conseguimos distinguir qual a real razão que move algumas pessoas a tanto se preocuparem com a Doutrina Espírita. Será que temem a verdade que ela traz, libertando os fiéis das algemas que lhes impõem os líderes das religiões tradicionais? E, especificamente, quanto aos líderes, será que o fazem é para não correr o risco de perder o seu ganha-pão? Em Cristianismo e Espiritismo, Léon Denis (1846-1927) foi muito feliz ao dizer que: “É sempre assim. Quando novos aspectos da verdade se apresentam aos homens, é sempre a desconfiança e a hostilidade que o provocam”.
Entre os opositores do Espiritismo o difícil é encontrar um que não cite a já surrada alegação de que a evocação ou consulta aos mortos é algo proibido por Deus. Aliás, alguns chegam ao disparate de declarar que a proibição está em “toda” a Bíblia, quando, a bem da verdade, encontramos só uma única passagem, para sermos bem redundantes, em que ela supostamente existe. Ela se encontra no livro Deuteronômio, atribuído a Moisés, cujo teor é: “Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; […].” (Deuteronômio 18,9-12)
A princípio, afirmar que os anjos e demônios são Espíritos humanos desencarnados, poderá causar uma certa estranheza aos que se apegaram aos dogmas impostos pelos teólogos de antanho. Uma vez acostumados a receber informações de líderes de que os anjos são uma criação divina à parte, recusam a aceitar isso, ainda que eles não sejam, de fato, nada mais do que Espíritos humanos desencarnados.
Novamente o conhecido escritor, pesquisador e expositor espírita Paulo Neto trás a luz nesta excelente obra intitulada “Chico Xavier e suas vidas passadas”, na qual nos apresenta em cada um de seus parágrafos uma série de informações e novidades, que nos faz enxergar e entender muito melhor as vidas passadas do saudoso Chico Xavier, fundamentada em material pesquisado de autores sérios e confiáveis como habitualmente procede, onde a lógica e o bom senso se fazem destacar.
O nome civil do nosso personagem é Denisard Hippolyte Léon Rivail (1804-1869) (1) que, como sabemos, quando da publicação da primeira obra fundamental da Codificação do Espiritismo, passou a usar o pseudônimo de Allan Kardec.