Nesta importante coletânea, constituída por uma série de 13 obras, o autor espiritual André Luiz, carinhosamente cognominado pelos espíritas “o repórter do além”, narra suas próprias experiências e as dos que o cercam no mundo espiritual. Ao longo da obra, as narrativas do autor vão sendo direcionadas à tarefa de esclarecimento dos encarnados sobre as realidades dessa “nova vida” e a estreita relação existente entre os dois planos da vida: material e espiritual.
11/11/2020
Recorrendo a Wikipédia, vejamos algo a respeito da Revolução Francesa:
Revolução Francesa (em francês: Révolution française, 1789-1799) foi um período de intensa agitação política e social na França, que teve um impacto duradouro na história do país e, mais amplamente, em todo o continente europeu. A monarquia absolutista que tinha governado a nação durante séculos entrou em colapso em apenas três anos. A sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios feudais, aristocráticos e religiosos evaporaram-se sobre um ataque sustentado de grupos políticos radicais, das massas nas ruas e de camponeses na região rural do país. (1)
A nossa primeira fonte sobre Chico Xavier (1910-2002) ter vivido nesse período vem de Arnaldo Rocha (1922-2012), conforme seu depoimento registrado por Carlos Alberto Braga Costa na obra Chico, Diálogos e Recordações…:
Como já lhe disse, pelo fato de nossas confidências terem sido tão veladas, jamais imaginei revelá-las a alguém. Ainda mais em formato de um livro. Para você ter uma ideia, em uma noite, após nossa reunião no Meimei, Chico, Clóvis, Ennio e eu lanchávamos em casa de Luiza. Quando ela se recolheu, Chico abaixou a voz e iniciou uma descrição fantástica sobre a Revolução Francesa. Diga-se de passagem: quando Chico resolvia abrir a “caixa-preta” do passado para nos ensinar lições de vida, ficávamos embasbacados. O gostoso era que esses fatos aconteciam naturalmente. O médium querido sempre se esquivava de perguntas fora de hora ou de assuntos descontextualizados. Mas, nessa noite, ele situou vários amigos na história francesa, inclusive nosso Senador (Emmanuel), na personalidade de Jean Jacques Turville um educador da nobreza. Já lhe adianto que Chico era uma mocinha e vivia na cidade de Arras; seu nome: Jeanne d’Arencourt. Durante o terror, fugiu para a cidade de Barcelona, vindo a desencarnar com tuberculose por volta de 1810. […]. (2) (grifo nosso)
Para derrubar essa informação de Arnaldo Rocha, foi inventada a história de que Chico Xavier havia rompido relações de amizade com ele, fato que demonstramos ser pura fantasia de quem não tendo argumento passou para o campo do ataque pessoal. Recomendamos nosso artigo “Chico Xavier teria rompido amizade com Arnaldo Rocha?”(3)
Publicado na coluna Caminhos da Fé
Jornal do Commercio 18 04 2016
Sendo o homem um ser social, é sabido que ele não vive sozinho, muito pelo contrário, agrupa-se em núcleos e segmentos que formam a sociedade, contribuindo para a cultura, os costumes e tradições do local onde vive. Logo ao nascer, enfrenta o primeiro desafio do convívio no lar que o acolhe e já começam os desafios da caminhada encetada com as inúmeras diferenças de opiniões que encontra.
É bom lembrar que cada um de nós é uma individualidade personificada por nossas tendências, gostos e aspirações. Mas nem sempre atentamos para esse labirinto que se mescla a tantos outros na convivência comum. Obviamente, é preciso um esforço tenaz para aceitar tantas diferenças, que pela natureza e intensidade de cada uma delas, oferece-nos oportunidades para novas experiências.
Na Casa Espírita não é diferente. É um núcleo que acolhe pessoas que professam a Doutrina Espírita e cultuam um mesmo Deus. Contudo, no contexto da convivência dos espíritas e pelo conhecimento que todos possuem da Doutrina Espírita, há de se conceber que divergências de opinião sempre existirão, mas o trato harmonioso entre os pares deve prevalecer sob todos os aspectos.
Essa atitude de respeito ao próximo não é diferente de outras que devemos cultivar no convívio social diário. Entendemos que pelos preceitos cristãos que temos, devemos estar alertas para que aquela ambiência permaneça salutar.
É imperioso que tenhamos inspiração e proteção quando das tratativas de opiniões discordantes, principalmente no Centro Espírita, onde sempre buscamos a harmonia para as tarefas ali desenvolvidas. Importante reassaltar também que naquele recinto mais do que em outros lugares, somos alvos de influências maléficas direcionadas ao labor a realizar. Não podemos descuidar dessa ameaça constante e que sempre terá um alvo suficiente para criar um campo magnético negativo.
A nossa responsabilidade é bem maior, considerando as palavras de Jesus segundo Lucas 12:48:“ (…) A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”. Esse conhecimento aliado ao que pregamos nos impele a uma reflexão quanto à prática que dele fazemos.
No livro “Aconteceu na Casa Espírita”, de Emanuel Cristiano ditado pelo Espírito Nora, Cap.1, pg.15-16, encontramos: (…) Aqueles que guardam os ensinos de Jesus apenas nos lábios, os que trabalham por vaidade pura, os invejosos, melindrosos que não desejam se fortalecer, cairão nas teias dos malvados invasores, porque vibram na mesma sintonia dos inimigos da verdade”. (Grifos nosso).
Exemplos da espécie servem de alerta para todos aqueles que trabalham em Centros Espíritas, pelas ações desenvolvidas quando da pregação do Evangelho de Jesus esclarecendo aqueles que ali aportam. Essas atividades fazem com que sejamos “foco” de atenção para os irmãos menos esclarecidos e que a Luz Divina ainda não ancorou em seus corações…
Cabe ainda lembrar Mateus 26:41: ”Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito, com certeza, está preparado, mas a carne é fraca”. Esse é o conselho, o caminho que devemos palmilhar buscando sempre a senda do bem. “Esqueçamos as imperfeições dos nossos irmãos e busquemos com perseverança vencermos as nossas”
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus
A fé em Jesus Cristo salva; entretanto, fé não é só crença
É muito conhecida a frase: “Quem tiver fé em Jesus Cristo, está salvo.” Por essa frase se entende que a salvação ou libertação é muito fácil. Mas será que é mesmo assim tão fácil?
Caberia aos líderes religiosos que estudam grego levar aos seus fiéis melhor esclarecimento no entendimento dos textos bíblicos. O de que vamos tratar é um exemplo de que, lamentavelmente, esse esclarecimento não acontece, quando já deveria ter acontecido há muitos séculos.
Os evangelhos foram escritos em grego. E a palavra grega evangélica “pistis”, traduzida por fé no português, significa também fidelidade.
E são Jerônimo, na sua Vulgata Latina, traduziu-a para o latim por “fides”. E “fides” em latim significa também fidelidade, além de fé. Quem tiver fé em Jesus Cristo se salva, às vezes, melhor se diria: Quem tiver fidelidade a Jesus Cristo, se salva. Ora, quem tiver fidelidade a Jesus Cristo, estudando e pondo em prática o seu evangelho, realmente, se liberta ou se salva.
Porém, ser fiel mesmo a Jesus Cristo, na fase atual de nossa evolução humana, não é fácil. Poderíamos dizer que quem é fiel a Ele de fato são as pessoas que são desapegadas em todo o sentido da palavra, o que acontece com aquelas pessoas que até renunciam a si próprias. E eis dois exemplos que nos deixam essa questão bíblica bem clara: “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14: 33); e “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome sua cruz e sigame.” (Luca 9: 23). A expressão “pegar sua cruz” significa aceitar ou colher o sofrimento do carma ou do mal feito no passado desta encarnação ou de outra. Sim, pois, ninguém consegue escapar da lei evangélica e cósmica de causa e efeito. Se alguém semear o mal, tem que colher o mal. “Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.” (São Mateus 5: 26). O maior Mestre nos ensina nessa passagem que somos nós mesmos é que pagamos os nossos pegados, desde o primeiro até o último.
É verdade que são Paulo nos diz que o sangue de Jesus lava ou anula os nossos pecados, influenciado que ele foi pelos rituais de purificação do judaísmo e outras religiões da Palestina e de outras nações vizinhas dela. Devemos respeitar as ideias paulinas, mas aceitemos a verdade maior do Mestre dos mestres, que tinha até ojeriza para rituais de sacrifícios. “Misericórdia quero e não sacrifícios.” (São Mateus 9: 13). Mas reitero que devemos respeitar o pensamento paulino de sacrifícios, pois ele acreditava na eficácia dos sacrifícios de sangue derramado, que, às vezes, denomino de teologia do sangue. E esse pensamento de Paulo foi levado, inclusive, para os evangelhos, pois as cartas dele foram os primeiros textos escritos do Novo Testamento, cujos autores se basearam muito nesses textos paulinos.
Quem tem mesmo fidelidade a Jesus Cristo, obviamente, acredita de fato no ensino Dele. Assim, nesse caso, a fidelidade a Ele vem até à frente da fé Nele. Pode-se dizer, portanto, que essa fé verdadeira em Jesus Cristo salva mesmo, mas não uma simples fé ou crença Nele. Tal fé seria, pois, igual ou semelhante àquela conhecida de são Tiago: “A fé sem obras é morta” (Tiago: 2: 26). A fé, pois, só no sentido de acreditar não salva mesmo ninguém. Aliás, até o “diabo” crê em Jesus Cristo, e como crê!
José Reis Chaves
Outubro / 2016
PS: “Presença Espírita na Bíblia” com este colunista, na TV Mundo Maior, por parabólica digital e internet.